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16/08/2007 - 12h43

Construção de casas nos EUA cai 6,1% em julho

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da Folha Online

A construção de casas nos EUA registrou queda de 6,1% em julho, atingindo uma taxa anualizada de 1,38 milhão de unidades. O resultado é 20,9% inferior em relação ao registrado um ano antes e é o mais lento desde janeiro de 1997. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo Departamento do Comércio.

A queda de julho se seguiu a uma alta de 2,1% em junho. Já os alvarás de construção (vistos como um sinalizador de atividade para o setor nos meses adiante) tiveram uma queda de 2,8%, recuando para uma taxa anualizada de 1,373 milhão de unidades.

O mercado imobiliário americano, que registrou crescimento expressivo nos cinco anos até 2006, agora passa por um momento de crise, com quedas de preços e de demanda. A crise também se agravou com a expansão das inadimplências no segmento "subprime" do mercado de hipotecas, que reúne clientes com histórico de problemas com crédito.

Com a falta de pagamentos das hipotecas, os bancos retém os imóveis usados como garantia e os recolocam no mercado --que já conta com grandes estoques de casas não vendidas, o que rebaixa ainda mais os preços.

Ontem, a NAR (Associação Nacional de Corretores, na sigla em inglês) informou que as vendas de casas usadas nos EUA caíram em 41 Estados no segundo trimestre. Os preços dos imóveis, por sua vez, diminuíram em um terço das áreas metropolitanas pesquisadas. O total de vendas de imóveis usados registrou no segundo trimestre um ritmo de 5,91 milhões de unidades ao ano, 10,8% abaixo do observado no segundo trimestre de 2006.

Outra má notícia do setor foi o anúncio de ontem da NAHB (Associação Nacional de Construtores Residenciais, na sigla em inglês), que mostrou que a confiança das empresas de construção do setor residencial caiu para 22 pontos neste mês, contra 24 referentes a julho --leituras abaixo de 50 pontos indicam perspectivas negativas para o mercado de construção de residências.

Segundo o economista-chefe da NAHB, David Seiders, não há expectativa de crescimento nas vendas de casas novas ou na atividade de construção de casas até pelo menos 2008. "Ninguém questiona que os problemas no segmento 'subprime' se espalharam para outros componentes do mercado imobiliário (...) atrasando uma recuperação no mercado imobiliário de residências familiares", disse Seiders, segundo a rede americana de TV CNN.

Hoje, a Countrywide Financial, maior financiadora imobiliária dos EUA, tomou um empréstimo de US$ 11,5 bilhões para reforçar sua liquidez (oferta de dinheiro) e mover suas operações no mercado de hipotecas para sua divisão bancária, o Countrywide Bank.

As ações da Countrywide chegaram a cair 19% ontem, com os rumores de que a empresa não conseguiu obter recursos no mercado de "commercial papers" (nota promissória emitida por uma empresa para captar recursos de curto prazo --de 30 dias em média). Os "commercial papers" são um recurso à disposição principalmente de empresas consideradas pelas agências de classificação como de baixo risco.

A corretora Merrill Lynch reduziu ontem a classificação dos papéis da Countrywide de "compra" para "venda". Em nota, a Merrill Lynch informou que a venda forçada de ativos nos mercados de capitais poderia levar a mais problemas para a empresa financiar suas operações de hipoteca. "Se a liquidação [de ativos] ocorrer em um mercado fraco, então é possível que [a Countrywide] peça concordata", disse o analista da corretora Kenneth Bruce.

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