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Seae e SDE são favoráveis à fusão da Americanas com Submarino
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ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
Dois órgãos do governo que acompanham de questões relacionadas à concentração de mercado decidiram dar parecer favorável à fusão da Americanas.com com o Submarino, dando aval para a criação da maior empresa de comércio eletrônico do país, a B2W Companhia Global de Varejo.
A Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico), ligada ao Ministério da Fazenda, e a SDE (Secretaria de Direito Econômico), do Ministério da Justiça, consideraram que a possibilidade de empresas varejistas tradicionais entrarem no comércio à distância limita o poder de mercado da empresa que surgirá da fusão das duas lojas eletrônicas.
'As secretarias concluíram que a possibilidade da entrada no mercado varejista à distância, que inclui vendas pela internet e por telefone, de novas empresas que já atuam no varejo tradicional limita a probabilidade de exercício de poder de mercado por parte da nova empresa que está surgindo dessa fusão', diz o parecer conjunto.
As duas secretarias lembraram ainda que o atual mercado de comércio varejista à distância é marcado por estratégias agressivas e que o comércio tradicional é um fator limitador de um possível aumento de preços por parte das empresas que atuam no comércio eletrônico.
O parecer favorável das duas secretarias não significa que a fusão já foi aprovada. O órgão que fará isso é o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
A fusão da Americanas com o Submarino foi anunciado no dia 23 de novembro. O valor de mercado na época era de mais de R$ 7 bilhões.
No primeiro semestre do ano, o grupo Lojas Americanas registrou um lucro de R$ 19,4 milhões, um crescimento de 36,6% sobre o resultado no mesmo período no ano passado. O balanço já embute os resultados da fusão com o Submarino e a aquisição da cadeia Blockbuster no Brasil.
Gerdau
As duas secretarias aprovaram ainda a aquisição da Corporación Sidenor e, indiretamente, da Aços Villares pela Gerdau Hungria, Carpe Diem e Gogey Holding. No Brasil, na avaliação do parecer divulgado hoje, a operação gerou concentração expressiva entre a Gerdau e a Aços Villares no mercado de aços longos especiais. Apesar dessa concentração, a conclusão foi que essa aquisição gerou investimento por parte das concorrentes, o que deverá manter o mercado equilibrado.
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