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03/10/2001
-
08h43
CLÁUDIA DIANNI
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A redução no volume de trocas comerciais entre Brasil e Argentina levou as equipes econômicas dos países a discutir uma fórmula para diminuir o impacto cambial nessas relações. O assunto será discutido na segunda-feira em São Paulo.
No mês passado, as trocas comerciais entre os países tiveram a maior queda. As exportações brasileiras caíram 39,2% e as importações, 26% com relação a setembro de 2000.
A reunião dos ministros da Economia, das Relações Exteriores e dos presidentes dos BCs do Brasil e da Argentina tem o objetivo de discutir uma fórmula que reduza o impacto que a diferença cambial entre as economias vem causando.
Na segunda-feira, o ministro da Fazenda, Pedro Malan, conversou sobre o assunto com o ministro de Economia argentino, Domingo Cavallo.
Segundo diplomatas brasileiros, a Argentina pretende propor a adoção de uma espécie de gatilho tarifário, que seria acionado cada vez que o real se desvalorizasse muito. A desvalorização da moeda tornou os produtos brasileiros mais baratos.
A fórmula permitiria ao parceiro impor tarifas para as exportações brasileiras para diminuir a competitividade que os produtos exportados ganharam com a desvalorização.
Para um especialista do governo brasileiro, isso significaria praticamente o fim do Mercosul. As regras do bloco não permitem que haja dois tipos de câmbio para o comércio.
O especialista considera quase impossível que o Brasil aceite a proposta. Para ele, a reunião do dia 8 terá como objetivo transmitir ao mercado que o bloco continua unido.
Embora o governo argentino ainda não tenha apresentado uma proposta formal ao brasileiro, o ministro das Relações Exteriores, Adalberto Giavarini, chegou a dizer, segundo diplomatas brasileiros, que será preciso adotar um mecanismo de compensação cambial.
Até agosto, as exportações de automóveis para a Argentina já haviam caído 45%.
*Colaborou Julianna Sofia, da Sucursal de Brasília
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Leia mais no especial sobre Argentina
Mercosul tenta reduzir impacto da desvalorização do real
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
A redução no volume de trocas comerciais entre Brasil e Argentina levou as equipes econômicas dos países a discutir uma fórmula para diminuir o impacto cambial nessas relações. O assunto será discutido na segunda-feira em São Paulo.
No mês passado, as trocas comerciais entre os países tiveram a maior queda. As exportações brasileiras caíram 39,2% e as importações, 26% com relação a setembro de 2000.
A reunião dos ministros da Economia, das Relações Exteriores e dos presidentes dos BCs do Brasil e da Argentina tem o objetivo de discutir uma fórmula que reduza o impacto que a diferença cambial entre as economias vem causando.
Na segunda-feira, o ministro da Fazenda, Pedro Malan, conversou sobre o assunto com o ministro de Economia argentino, Domingo Cavallo.
Segundo diplomatas brasileiros, a Argentina pretende propor a adoção de uma espécie de gatilho tarifário, que seria acionado cada vez que o real se desvalorizasse muito. A desvalorização da moeda tornou os produtos brasileiros mais baratos.
A fórmula permitiria ao parceiro impor tarifas para as exportações brasileiras para diminuir a competitividade que os produtos exportados ganharam com a desvalorização.
Para um especialista do governo brasileiro, isso significaria praticamente o fim do Mercosul. As regras do bloco não permitem que haja dois tipos de câmbio para o comércio.
O especialista considera quase impossível que o Brasil aceite a proposta. Para ele, a reunião do dia 8 terá como objetivo transmitir ao mercado que o bloco continua unido.
Embora o governo argentino ainda não tenha apresentado uma proposta formal ao brasileiro, o ministro das Relações Exteriores, Adalberto Giavarini, chegou a dizer, segundo diplomatas brasileiros, que será preciso adotar um mecanismo de compensação cambial.
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