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31/08/2007 - 20h12

Gulliver diz que desconhecia recalls de Magnetix nos EUA

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da Folha Online

O diretor comercial da Gulliver, Paulo Benzatti, informou nesta sexta-feira que não sabia dos recalls anunciados pela canadense Mega Brands nos Estados Unidos em março de 2006 e março de 2007 até o último dia 17. A empresa é a fabricante da linha de brinquedos com pequenos ímãs Magnetix na China, que provocou a morte de uma criança nos EUA.

Ao tomar conhecimento do procedimento, segundo Benzatti, a Gulliver acionou a empresa canadense e determinou o recolhimento dos brinquedos remanescentes nas lojas, além de informar os órgãos governamentais responsáveis e preparar uma forma de o consumidor trocar o modelo antigo por outro brinquedos.

A Gulliver anunciou que vai recolher 49.674 unidades do brinquedos, entre lojas e os que estão nas mãos dos consumidores. Quem não quiser trocar por outro modelo pode pedir o dinheiro de volta. A empresa informou que fará o depósito em conta em, no máximo, 15 dias a partir do pedido de reembolso.

O recall, no entanto, que é um procedimento padrão no Brasil quando a empresa constata que um produto oferece risco à saúde e segurança do consumidor, só foi anunciado 13 dias depois da empresa alegar conhecimento dos problemas.

Essa demora, que Benzatti se recusa a chamar de retardo e diz apenas que foi o período que a empresa utilizou para preparar o procedimento, pode custar à empresa uma multa de até R$ 3,2 milhões, após processo administrativo aberto pelo DPDC (Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor), do Ministério da Justiça.

De acordo com Benzatti, "a Mega Brands informou que os acidentes com o brinquedo Magnetix eram circunscritos ao mercado americano por conta de características próprias de lotes lá comercializados (possibilidade de liberação das cápsulas de ímãs). Ainda segundo a Mega Brands, os lotes comercializados no Brasil já haviam sofrido alterações no processo de fabricação. No entanto, no momento no qual a Gulliver tomou conhecimento de que lotes dessa versão anterior teriam chegado ao mercado brasileiro, iniciou o processo de recolhimento".

Para o executivo, a Mega Brands falhou ao deixar de comunicar sobre os problemas com o brinquedo. "Acreditamos que notícias importantes como um procedimento de recall no exterior deveriam ser relatados por meio de uma comunicação formal, seja por e-mail, newsletter, carta ou telefonema. Não é razoável esperar que informações dessa natureza fiquem restritas a sites das empresas envolvidas", afirmou.

O diretor ainda informou que não considera que o recall vá prejudicar a imagem da Gulliver e que agiu de forma transparente.

Sobre a parceria com a Mega Brands, Benzatti disse que será mantida, assim como a importação de produtos fabricados na China, que o diretor considera uma "tendência mundial".

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