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08/10/2001
-
16h17
IVONE PORTES
da Folha Online
As incertezas no cenário econômico mundial podem prejudicar os leilões de privatização que deverão acontecer no Brasil neste mês e em novembro.
As dúvidas quanto ao desempenho econômico dos países, que aumentaram após os ataques terroristas no dia 11 de setembro nos EUA, podem aumentar ainda mais com os bombardeios dos norte-americanos ao Afeganistão iniciados ontem.
Na opinião de Michel Campanella, da corretora Socopa, o fluxo de capital como um todo é afetado pelas incertezas no cenário econômico internacional.
"Muitas empresas deverão evitar aumentar suas exposições na América Latina. Com isso, as privatizações marcadas para este mês e novembro devem ser afetadas'', disse ele, acrescentando que os leilões poderão ter ágios menores ou até mesmo não acontecer. "Vai depender da necessidade de caixa de cada empresa. Mas seria melhor esperar a situação se acalmar."
Para este mês, está previsto o leilão da Copel (Companhia Paranaense de Energia), no dia 31, cujo preço mínimo foi fixado em R$ 4,32 bilhões. Para novembro, estão agendados os leilões do Paraiban (Banco do Estado da Paraíba), dia 8, do BEG (Banco do Estado de Goiás), dia 13, e da Celg (Companhia Elétrica de Goiás), dia 22.
Campanella avalia que a Copel é uma das melhores companhias de energia do país. Por isso, seria melhor esperar mais um pouco. Mas o governo paranaense tem um compromisso com o mercado, portanto deve prefirir dar prosseguimento à venda na data marcada.
Hoje, a espanhola Endesa informou que não participará do leilão da Copel, devido às incertezas no mercado financeiro internacional e à instabilidade nas regras do setor elétrico no Brasil. Há duas semanas, a francesa EDF havia anunciado a desistência de participar do leilão.
"Na realidade, essas privatizações são investimentos de longuíssimo prazo. Por isso, os riscos deverão ser bem avaliados", disse Campanella. Por outro lado, segundo ele, os investidores poderão levar em consideração que a situação é passageira.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais no especial sobre Taleban
Leia mais no especial sobre Paquistão
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Leia mais no especial sobre Crise Energética
Incertezas podem prejudicar venda de estatais brasileiras
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da Folha Online
As incertezas no cenário econômico mundial podem prejudicar os leilões de privatização que deverão acontecer no Brasil neste mês e em novembro.
As dúvidas quanto ao desempenho econômico dos países, que aumentaram após os ataques terroristas no dia 11 de setembro nos EUA, podem aumentar ainda mais com os bombardeios dos norte-americanos ao Afeganistão iniciados ontem.
Na opinião de Michel Campanella, da corretora Socopa, o fluxo de capital como um todo é afetado pelas incertezas no cenário econômico internacional.
"Muitas empresas deverão evitar aumentar suas exposições na América Latina. Com isso, as privatizações marcadas para este mês e novembro devem ser afetadas'', disse ele, acrescentando que os leilões poderão ter ágios menores ou até mesmo não acontecer. "Vai depender da necessidade de caixa de cada empresa. Mas seria melhor esperar a situação se acalmar."
Para este mês, está previsto o leilão da Copel (Companhia Paranaense de Energia), no dia 31, cujo preço mínimo foi fixado em R$ 4,32 bilhões. Para novembro, estão agendados os leilões do Paraiban (Banco do Estado da Paraíba), dia 8, do BEG (Banco do Estado de Goiás), dia 13, e da Celg (Companhia Elétrica de Goiás), dia 22.
Campanella avalia que a Copel é uma das melhores companhias de energia do país. Por isso, seria melhor esperar mais um pouco. Mas o governo paranaense tem um compromisso com o mercado, portanto deve prefirir dar prosseguimento à venda na data marcada.
Hoje, a espanhola Endesa informou que não participará do leilão da Copel, devido às incertezas no mercado financeiro internacional e à instabilidade nas regras do setor elétrico no Brasil. Há duas semanas, a francesa EDF havia anunciado a desistência de participar do leilão.
"Na realidade, essas privatizações são investimentos de longuíssimo prazo. Por isso, os riscos deverão ser bem avaliados", disse Campanella. Por outro lado, segundo ele, os investidores poderão levar em consideração que a situação é passageira.
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