UE restabelece embargo a exportações de gado e porcos do Reino Unido

Os países da UE (União Européia) decidiram nesta quarta-feira restabelecer a proibição à exportação de gado e suínos procedentes do Reino Unido, assim como de sua carne e de outros derivados, e bloquearam o transporte de animais para as nações do bloco, informou a Comissão Européia em comunicado.

Além disso, os membros do bloco não poderão enviar animais vivos ao Reino Unido, segundo as medidas de emergência adotadas pelo Comitê Permanente da Cadeia Alimentar --formado por analistas dos 27 países da UE.

Desta forma, o bloco embarga novamente os envios destes produtos animais britânicos, conforme ação tomada em agosto. A restrição havia deixado de vigorar só ontem, na véspera de ser descoberto o último foco.

O Comitê decidiu qualificar o Reino Unido como "região de alto risco" até 15 de outubro, mas esta classificação pode ser revisada, segundo a Comissão Européia.

Isto significa que animais que possam contrair febre aftosa não podem deixar o Reino Unido, e o mesmo vale para os seus derivados.

Não estão sujeitos à proibição os produtos tratados de modo que o vírus tenha sido desativado e que tenham sido obtidos antes das restrições ou com ingredientes que não procedam da zona afetada por elas.

Além disso, os demais países da UE não poderão enviar animais vivos ao Reino Unido.

No entanto, a Irlanda do Norte poderá enviar animais e seus produtos aos países do bloco, se tiverem um certificado de saúde correto e se for avisado com três dias de antecedência à autoridade veterinária responsável do país de destino.

As autoridades britânicas informaram à Comissão Européia e aos países representados no Comitê sobre o novo foco de febre aftosa, 48 quilômetros ao norte dos casos detectados em agosto.

Segundo a Comissão Européia, todos os animais da fazenda afetada estão sendo sacrificados e foi estabelecida uma zona de proteção, em um raio de três quilômetros, assim como outra de vigilância, num raio de dez quilômetros.

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