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Lançamento de 3G determinou entrada da Oi em São Paulo
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ELVIRA LOBATO
da Folha de S.Paulo
O lançamento iminente da telefonia celular de terceira geração no Brasil é a principal razão da entrada da Oi (grupo Telemar) no mercado de São Paulo.
A empresa pagará R$ 170 milhões pelas licenças que adquiriu nesta semana para oferecer a tecnologia GSM (de segunda geração) no Estado e se prepara para disputar o leilão de freqüências de 3G, que pode ser realizado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) ainda neste ano.
"Os dois projetos estão casados", afirmou ontem o presidente da empresa, Luiz Eduardo Falco. Com o GSM, a empresa pretende atender à clientela de menor poder aquisitivo, usuária dos celulares pré-pagos. O 3G, que permite acesso à internet em alta velocidade, terá custo mais elevado. Seu alvo são as empresas e os consumidores nas classes A e B.
Questionado sobre as condições de competição no mercado paulista, que, atualmente, conta com três competidores (Vivo, Claro e TIM), Falco respondeu com uma provocação: "A competição em São Paulo está meio "papai com mamãe". É mais fácil do que na Amazônia, onde são quatro competidores. A competição feroz que há na Amazônia existirá em São Paulo."
A Oi pode ser a quinta empresa de telefonia celular a entrar no mercado de São Paulo se a Unicel, que também possui licença para a Grande São Paulo, conseguir colocar seu sistema no ar antes dela.
A Unicel mantém sigilo em relação à data de lançamento do serviço, mas diz que está sendo implantada a rede na capital paulista.
A Oi também esconde a data de lançamento de seu serviço. Ela tem um ano para começar a operar nas cidades com mais de 500 mil habitantes. Segundo Falco, há imposição da Anatel para que o serviço não seja lançado antes da realização do leilão das freqüências para o 3G.
A divulgação do edital do leilão está prevista para outubro. Segundo Falco, a implantação da rede GSM leva de seis a sete meses, e a empresa ainda não negociou a compra dos equipamentos com os fornecedores.
Falco disse que a Oi foi a quarta empresa a entrar no mercado de telefonia celular na área de concessão do grupo Telemar (16 Estados, entre eles, Rio, Minas Gerais, Espírito Santo e as regiões Norte e Nordeste) e tornou-se líder em vários Estados.
Ele disse que vai repetir em São Paulo a estratégia de não intermediar, nem subsidiar, a venda de telefones pré-pagos, mas admitiu o subsídio de aparelhos nos planos pós-pagos. "Nossos concorrentes são sofisticados. Não podemos subestimá-los. A competição em São Paulo vai crescer", afirmou.
O diretor de Regulamentação e Desenvolvimento Estratégico da Oi, Alan Rivière, disse que o preço mínimo das licenças de telefonia celular estabelecidos pela Anatel, no leilão realizado nesta semana, foi 50% menor do que o do leilão realizado em 2005.
Segundo o diretor, as licenças adquiridas pela Oi nesta semana teriam custado pelo menos R$ 500 milhões no leilão anterior.
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