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Morales cogita voltar a contratar a Queiroz Galvão
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da Efe, em La Paz
O presidente da Bolívia, Evo Morales, cogita contratar novamente a construtora brasileira Queiroz Galvão após se reunir com o embaixador do Brasil em La Paz, Frederico Cezar de Araújo, informou nesta quarta-feira uma fonte oficial.
O porta-voz presidencial, Alex Contreras, acrescentou que a decisão de Morales de estudar esta possibilidade foi "soberana", porque a Bolívia não pode aceitar condições de "governo algum."
A reunião entre o presidente boliviano e o embaixador ocorreu na noite de terça-feira, duas semanas após o governo de Morales ter anunciado a rescisão do contrato devido a falhas encontradas na estrada que a Queiroz Galvão construía no sul da Bolívia.
Segundo Contreras, a reunião foi "muito cordial" e nela foi decidido que os executivos da empresa se reunirão com autoridades do Ministério da Presidência "para estudar a possibilidade de retomar as atividades que estavam sendo realizadas."
"Através da Embaixada do Brasil, se reconhece de maneira autocrítica que a empresa não estava cumprindo adequadamente os contratos que tinha assinado com o Estado boliviano", disse o porta-voz de Morales.
Ele ressaltou que a possível continuidade da estrada que a Queiroz Galvão construía entre as províncias de Tarija, Chuquisaca e Potosí deve ser discutida sob "novas condições."
Contreras disse que o encontro de Morales com o embaixador serviu principalmente para demonstrar que as relações da Bolívia com o Brasil "não estão rompidas, e sim fortalecidas."
A rescisão do contrato foi anunciada em 13 de setembro pela Administradora Boliviana de Estradas, que já pediu às construtoras brasileiras Odebrecht, Camargo Corrêa, AOS e ARG que apresentem propostas alternativas para que uma delas eventualmente assuma as obras.
O investimento feito pela Queiroz Galvão na construção da rodovia era de US$ 180 milhões, financiados pela CAF (Corporação Andina de Fomento) e por um empréstimo do Proex (Programa de Financiamento às Exportações) do Banco do Brasil.
A presidente da Administradora Boliviana de Estradas, Patricia Ballivian, disse que restam US$ 20 milhões do Proex e US$ 90 milhões da CAF a serem investidos na estrada.
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