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18/10/2001
-
08h48
LÁSZLÓ VARGA
da Folha de S.Paulo
O presidente da Petrobras, Henri Reichstul, já tomou a decisão. No início de 2002, quando o governo federal liberar de vez os preços do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) nas refinarias, a maior estatal brasileira vai estrear em um mercado que até agora era inédito para ela: o de distribuição de botijões.
Os planos da companhia são ousados, ao mesmo tempo em que os preparativos para sua entrada num mercado que fatura R$ 7 bilhões por ano têm sido guardados a sete chaves. É quase certo que será criada uma nova subsidiária, que, segundo determinação de Reichstul, terá de alcançar em pouco tempo a liderança.
Isso significa que a Petrobras pretende desbancar a italiana Agip, que, com as marcas Liquigás, Novogás e Tropigás, lidera o setor, com 21% das vendas.
Um dos possíveis locais de envasilhamento dos botijões da Petrobras será a nova unidade de processamento de gás natural de Maceió (AL), que entra em operação em maio. A fábrica exigiu um investimento de R$ 30 milhões. Em princípio, a Petrobras tinha como meta envasilhar 10 mil botijões por dia na unidade.
Mas a Folha de S.Paulo apurou que a estatal já trabalha com a perspectiva de elevar o volume para 15 mil botijões.
No início das operações, a unidade atenderá apenas outras distribuidoras de gás. Mas bastará o sinal verde de Reichstul para que parte da produção diária de 1,8 milhão de metros cúbicos seja destinada aos botijões da estatal.
A entrada da Petrobras no ramo de botijões pode ser devastadora para a concorrência. A estatal pretende usar a logística que atende hoje os 7.200 postos de gasolina da marca BR, assim como os 53 terminais de combustíveis que abastecem várias empresas.
Atualmente, a Petrobras detém 100% da produção de GLP no Brasil. No entanto, com a liberação dos preços nas refinarias em janeiro, grupos multinacionais devem desembarcar no país, aumentando a concorrência. Ao avançar no mercado de botijões, a Petrobras criará sua cadeia de produção e distribuição de gás liquefeito, o que lhe garantirá maiores margens de lucro.
Segundo o diretor comercial da distribuidora Copagaz, Amaro Helfstein, o preço do botijão deve ter um aumento de 10% em janeiro. Como eles já sofreram um reajuste de 4,08% recentemente, a demanda do produto tenderá até a cair. Companhias que tiverem bom volume de produção e distribuição poderão cobrar menos para garantir clientela. Será o caso da Petrobras.
Leia mais no especial sobre Crise Energética
Petrobras estréia na distribuição de gás
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da Folha de S.Paulo
O presidente da Petrobras, Henri Reichstul, já tomou a decisão. No início de 2002, quando o governo federal liberar de vez os preços do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) nas refinarias, a maior estatal brasileira vai estrear em um mercado que até agora era inédito para ela: o de distribuição de botijões.
Os planos da companhia são ousados, ao mesmo tempo em que os preparativos para sua entrada num mercado que fatura R$ 7 bilhões por ano têm sido guardados a sete chaves. É quase certo que será criada uma nova subsidiária, que, segundo determinação de Reichstul, terá de alcançar em pouco tempo a liderança.
Isso significa que a Petrobras pretende desbancar a italiana Agip, que, com as marcas Liquigás, Novogás e Tropigás, lidera o setor, com 21% das vendas.
Um dos possíveis locais de envasilhamento dos botijões da Petrobras será a nova unidade de processamento de gás natural de Maceió (AL), que entra em operação em maio. A fábrica exigiu um investimento de R$ 30 milhões. Em princípio, a Petrobras tinha como meta envasilhar 10 mil botijões por dia na unidade.
Mas a Folha de S.Paulo apurou que a estatal já trabalha com a perspectiva de elevar o volume para 15 mil botijões.
No início das operações, a unidade atenderá apenas outras distribuidoras de gás. Mas bastará o sinal verde de Reichstul para que parte da produção diária de 1,8 milhão de metros cúbicos seja destinada aos botijões da estatal.
A entrada da Petrobras no ramo de botijões pode ser devastadora para a concorrência. A estatal pretende usar a logística que atende hoje os 7.200 postos de gasolina da marca BR, assim como os 53 terminais de combustíveis que abastecem várias empresas.
Atualmente, a Petrobras detém 100% da produção de GLP no Brasil. No entanto, com a liberação dos preços nas refinarias em janeiro, grupos multinacionais devem desembarcar no país, aumentando a concorrência. Ao avançar no mercado de botijões, a Petrobras criará sua cadeia de produção e distribuição de gás liquefeito, o que lhe garantirá maiores margens de lucro.
Segundo o diretor comercial da distribuidora Copagaz, Amaro Helfstein, o preço do botijão deve ter um aumento de 10% em janeiro. Como eles já sofreram um reajuste de 4,08% recentemente, a demanda do produto tenderá até a cair. Companhias que tiverem bom volume de produção e distribuição poderão cobrar menos para garantir clientela. Será o caso da Petrobras.
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