Divisão viola 'princípio da economia dos EUA', diz Microsoft

A Microsoft diz que a decisão do governo norte-americano, de propor a divisão da empresa, fere "o princípio essencial da economia norte-americana: o incentivo à competição entre empresas através da criação de produtos inovadores que supram a demanda do mercado e de seus consumidores", diz texto de uma nota oficial divulgada à imprensa pela companhia.

No mesmo texto, a Microsoft promete apresentar no próximo dia 10 de maio seu recurso à Justiça norte-americana sobre o processo que acusa a empresa de violar a lei anti-monopólio dos Estados Unidos.

O processo contra a Microsoft tem o apoio de 19 estados norte-americanos e do próprio governo dos Estados Unidos. Na última sexta-feira (28), o Departamento de Justiça dos Estados Unidos apresentou ao juiz Thomas Jackson a proposta formal do governo norte-americano sobre o futuro da Microsoft. O departamento também pediu a divisão da empresa em duas. Jackson é o juiz que analisa o caso.

Segundo o comunicado da Microsoft, a "proposta sem precedentes do governo americano trará prejuízo para os consumidores americanos, a indústria de tecnologia e a economia" do país.

"A Microsoft Corporation avalia a proposta sem precedentes do governo americano de regulação como uma punição injustificável, impondo um retrocesso à economia e aos consumidores", diz ainda o comunicado.

A companhia alega que não poderia ter criado o Windows e o Office se eles estivessem em companhias separadas. "As inovações que começaram com o Office foram rapidamente incorporadas ao Windows e estão disponíveis para qualquer desenvolvedor de aplicações", diz a nota.

Para a empresa, seus planos futuros estão em risco caso a divisão seja efetivada. "A Microsoft tem grandes planos para o desenvolvimento de produtos de futura geração que levarão a computação a um nível superior, mas esses planos são colocados em risco pelas medidas extremadas propostas pelo governo", informa o texto.