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23/10/2001
-
09h53
FÁTIMA FERNANDES
da Folha de S.Paulo
A alta do dólar, a crise na Argentina e a desaceleração da economia dos EUA reduziram em 12% o movimento de carga internacional em setembro na comparação com agosto, segundo a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária).
Essa queda, segundo a empresa, se deve principalmente aos atrasos nos embarques e desembarques das cargas nos aeroportos do país, que adotaram medidas mais rigorosas de inspeção.
Em outubro, porém, a Infraero já registra normalização no movimento de carga, que cresceu 10% nos primeiros 20 dias deste mês sobre o mês passado.
"O Brasil precisa importar, especialmente nesta época do ano. Por isso, o movimento já voltou ao normal", afirma Luiz Gustavo Schild, superintendente de logística de carga da Infraero.
No primeiro semestre do ano, diz, o volume de carga internacional subiu 10% na comparação com igual período de 2000. A expectativa era que esse crescimento se repetisse neste semestre.
Com a queda no movimento em setembro, a Infraero reviu sua previsão: acredita que este semestre pode repetir o mesmo período do ano passado. No ano, porém, o movimento ainda será maior do que o de 2000.
A DHL, empresa especializada em entrega de encomendas, informa que seu negócio não se abalou no Brasil, nem depois da divulgação de que o antraz, bactéria usada como arma biológica, está sendo enviado por cartas por meio de um pó branco.
"Até esperávamos uma queda, mas isso não aconteceu", afirma Victor Hugo Ferreira Jr., gerente de marketing da DHL.
Segundo ele, a empresa faz 11 mil remessas diariamente, das quais 5.000 são do Brasil para o exterior, 5.000 do exterior para o Brasil e 1.000 dentro do país.
A DHL informa que a remessa de encomendas e documentos só diminuiu assim que o país lançou o programa para racionamento de energia elétrica, que resultou na queda das exportações. Essa situação já se normalizou.
Segundo Ferreira Jr., a empresa não parou nem mesmo na semana dos atentados aos EUA, pois a DHL tem base na Bélgica e, de lá, pode operar normalmente.
A FedEx, empresa de transporte aéreo de carga, informa que o ritmo de crescimento no movimento de remessas no primeiro semestre diminuiu neste segundo semestre, mas não é significativo.
A empresa informa que acabou se beneficiando da medida adotada pelo governo há cerca de duas semanas que impede o transporte de carga em avião de passageiros. A FedEx acabou ganhando mais espaço nesse mercado, informa Guilherme Gatti, diretor.
Os Correios também não viram cair o movimento de envio de objetos e correspondências. "Apesar do barulho por causa do antraz, os Correios continuam enviando 35 milhões de objetos e correspondências por dia", afirma Fausto Weiler, porta-voz.
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Transporte de carga aérea cai 12% em setembro
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A alta do dólar, a crise na Argentina e a desaceleração da economia dos EUA reduziram em 12% o movimento de carga internacional em setembro na comparação com agosto, segundo a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária).
Essa queda, segundo a empresa, se deve principalmente aos atrasos nos embarques e desembarques das cargas nos aeroportos do país, que adotaram medidas mais rigorosas de inspeção.
Em outubro, porém, a Infraero já registra normalização no movimento de carga, que cresceu 10% nos primeiros 20 dias deste mês sobre o mês passado.
"O Brasil precisa importar, especialmente nesta época do ano. Por isso, o movimento já voltou ao normal", afirma Luiz Gustavo Schild, superintendente de logística de carga da Infraero.
No primeiro semestre do ano, diz, o volume de carga internacional subiu 10% na comparação com igual período de 2000. A expectativa era que esse crescimento se repetisse neste semestre.
Com a queda no movimento em setembro, a Infraero reviu sua previsão: acredita que este semestre pode repetir o mesmo período do ano passado. No ano, porém, o movimento ainda será maior do que o de 2000.
A DHL, empresa especializada em entrega de encomendas, informa que seu negócio não se abalou no Brasil, nem depois da divulgação de que o antraz, bactéria usada como arma biológica, está sendo enviado por cartas por meio de um pó branco.
"Até esperávamos uma queda, mas isso não aconteceu", afirma Victor Hugo Ferreira Jr., gerente de marketing da DHL.
Segundo ele, a empresa faz 11 mil remessas diariamente, das quais 5.000 são do Brasil para o exterior, 5.000 do exterior para o Brasil e 1.000 dentro do país.
A DHL informa que a remessa de encomendas e documentos só diminuiu assim que o país lançou o programa para racionamento de energia elétrica, que resultou na queda das exportações. Essa situação já se normalizou.
Segundo Ferreira Jr., a empresa não parou nem mesmo na semana dos atentados aos EUA, pois a DHL tem base na Bélgica e, de lá, pode operar normalmente.
A FedEx, empresa de transporte aéreo de carga, informa que o ritmo de crescimento no movimento de remessas no primeiro semestre diminuiu neste segundo semestre, mas não é significativo.
A empresa informa que acabou se beneficiando da medida adotada pelo governo há cerca de duas semanas que impede o transporte de carga em avião de passageiros. A FedEx acabou ganhando mais espaço nesse mercado, informa Guilherme Gatti, diretor.
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