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16/10/2007 - 16h51

UE pede ao Brasil que melhore o controle da carne bovina

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da Efe, em Bruxelas

O comissário europeu da Saúde, Markos Kyprianou, pediu nesta terça-feira ao ministro da Agricultura do Brasil, Reinhold Stephanes, que ponha fim às "deficiências" nos controles da carne bovina ou a União Européia tomará medidas --embora tenha dito que não pretende proibir as importações brasileiras.

Kyprianou e Stephanes se reuniram em Bruxelas para discutir as carências que a Comissão Européia, órgão executivo do bloco, encontrou nos sistemas de controle da carne bovina no Brasil e que quer que sejam corrigidas.

O comissário afirmou em entrevista coletiva que o Brasil deve realizar estas melhorias --já que, caso contrário, a UE imporia medidas, como um aumento da vigilância às importações, mesmo tendo ressaltado que não teriam por que representar uma proibição das vendas.

Stephanes se comprometeu a cumprir os requisitos dos consumidores da UE dentro dos prazos fixados.

As deficiências citadas pelo comissário se referem a carências administrativas e controles em auditorias, que, segundo Kyprianou, podem ser corrigidos nos prazos fixados --entre o final deste ano e o início do próximo.

Kyprianou ressaltou que há vários tipos de medidas que podem ser adotadas, de acordo com a gravidade das falhas. Mas afirmou que, por enquanto, "não teria justificativa uma proibição" e que não quer "impor restrições desnecessárias."

Tanto o comissário como o ministro brasileiro rejeitaram as acusações dos produtores britânicos e irlandeses, apoiados por eurodeputados das mesmas nacionalidades, que pediram um veto às importações da carne bovina do Brasil.

Stephanes ressaltou que o Brasil, principal exportador agrícola mundial, vende carnes a 140 países e que o mercado europeu é "o mais exigente."

"Mas isto é positivo, porque nos obriga a melhorar", acrescentou.

Ele afirmou que, dos compradores da carne bovina brasileira, somente a UE pediu o cumprimento de certas exigências.

Kyprianou disse que o Brasil fez progressos "significativos" nos últimos anos e que os que ainda precisam ser feitos "podem ser concluídos facilmente."

Segundo os relatórios das inspeções da Comissão Européia, o órgão decidirá se tomará ou não medidas contra o país, cujo alcance dependerá da "gravidade das deficiências".

O comissário disse que qualquer decisão "estará baseada em dados científicos", e não em outros casos, referindo-se aos relatórios britânicos e irlandeses.

Stephanes garantiu a segurança da carne bovina e pediu "tranqüilidade", além de acrescentar que a indústria brasileira, "uma das mais modernas do mundo", possui grande parte dos matadouros e centrais de processamento em Austrália, Argentina e Uruguai.

O ministro afirmou que as missões nas quais se baseiam os relatórios da Irlanda foram "clandestinas".

Ele expressou suas "dúvidas" sobre as fotografias incluídas nos relatórios, já que, "no Brasil, até um ministro tem que cumprir todos os requisitos e se identificar antes de entrar em uma fábrica."

"Entendemos as necessidades dos irlandeses, mas não aceitamos a forma como estão tratando este assunto", ressaltou.

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