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FHC encontra premiê do Canadá mas não fala de disputa comercial
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da Reuters
em Berlim
O presidente Fernando Henrique Cardoso disse na sexta-feira (2) que não discutiu a disputa comercial com o Canadá durante sua conversa com o primeiro-ministro canadense, Jean Chretien, mas afirmou que continuava buscando soluções.
"Não discutimos de maneira alguma a questão comercial", disse FHC depois de se reunir com Chretien, em Berlim.
Quando perguntado sobre a probabilidade de que se resolva logo a disputa, iniciada há quatro anos, entre os dois países por causa de subsídios a fabricantes nacionais de jatos regionais, o presidente se limitou a dizer que o Canadá e o Brasil farão seus melhores esforços para chegar a um acordo.
O presidente acrescentou que as negociações de sexta-feira tinham se centrado nas políticas internas de ambos os países e na reunião, este fim de semana, da OEA (Organização dos Estados Americanos), em Windsor, no Canadá.
O Departamento do Comércio do Canadá negou na semana passada que havia chegado a um acordo com o Brasil em Nova York, onde houve reunião de representantes dos países para buscar uma solução para a disputa.
O Canadá solicitou autorização à OMC (Organização Mundial do Comercio) para impor sanções comerciais ao Brasil no valor de US$ 65 milhões anuais, durante sete anos.
A briga comercial envolve os subsídios de cada país a suas principais empresas de aviação: a canadense Bombardier Inc. e a brasileira Embraer, terceiro e quarta maiores fabricantes de aviões civis do mundo, respectivamente.
O governo canadense confirmou que as conversações continuarão em junho, mas ressaltou que não havia descartado as medidas de represália, ainda que o governo canadense tenha reconhecido que tenham se aberto outras alternativas, além das sanções.
A OMC julgou este ano que os subsídios que o Brasil oferece através do Programa de Financiamento às Exportações (Proex) à Embraer não estão em conformidade com as regras da Organização e também advertiu que o Canadá deveria fazer novos ajustes em sua política de subsídios à Bombardier.
Como o Brasil disse que apelaria dessa decisão, o Canadá decidiu-se pelo caminho das sanções.
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