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26/10/2001
-
14h35
da Deutsche Well
O grupo químico e farmacêutico alemão Bayer revidou nesta sexta-feira as acusações de ter utilizado de meios ilegais para proteger a patente do antibiótico Cipro, usado no combate ao antraz.
Associações norte-americanas de proteção ao consumidor aderiram a uma ação judicial contra a Bayer.
Segundo as acusações, o antibiótico Cipro poderia estar no mercado a preços mais baixos, se a Bayer não tivesse feito uso de meios obscuros para manter a patente do medicamento no mercado norte-americano.
Segundo informou a direção da Bayer em Leverkusen, na Alemanha, a patente norte-americana do Cipro foi combatida com veemência nos últimos anos por outros laboratórios farmacêuticos.
Em uma dessas desavenças jurídicas, foi selado um acordo entre a Bayer e o laboratório norte-americano Barr, com o objetivo de reduzir os custos do processo.
A patente do Cipro, no entanto, teria sido, independentemente disso, confirmada diversas vezes pelas autoridades sanitárias dos EUA, de acordo com a diretoria da Bayer.
Advogados de associações norte-americanas de proteção ao consumidor anunciaram um ação conjunta contra a Bayer.
De acordo com as acusações, o laboratório Barr teria estado apto a colocar um medicamento semelhante ao Cipro no mercado norte-americano por preços bem mais baixos, caso não tivesse fechado o acordo com a Bayer.
Na última quinta-feira, um grupo de advogados e especialistas em saúde pública nos EUA aliou-se a 14 organizações de proteção ao consumidor, com o objetivo de aderir ao processo contra a Bayer.
A direção do grupo na Alemanha não vê, no entanto, qualquer chance nas ações movidas nos EUA.
Um porta-voz do grupo declarou nesta sexta-feira que desde 1997, foram movidas cerca de 40 ações contra a patente da Bayer sobre a ciprofloxacina, a substância ativa presente no Cipro.
"Nós ganhamos todos os processos que foram encerrados até hoje", afirmou o porta-voz.
A Bayer reduziu esta semana os preços de venda do Cipro sob pressão do governo norte-americano e confirmou o envio de até 300 milhões de comprimidos aos EUA.
O preço negociado entre a Bayer e o Ministro norte-americano da Saúde, Tommy Thompson, é de U$ 0,95 por comprimido, ao contrário do U$ 1,77 pedido pela Bayer de início.
Thompson exigiu do grupo alemão uma redução do preço do Cipro, sob ameaça de quebrar a patente do medicamento no mercado norte-americano.
Segundo o presidente da Bayer nos EUA, Helge H. Wehmeyer, o acordo feito com as autoridades sanitárias do país não deve ser entendido como um recuo do grupo farmacêutico, mas como uma demonstração de apoio.
"A Bayer dá seu apoio completo aos EUA na guerra contra o terrorismo biológico", afirmou Wehmeyer.
O objetivo do laboratório é o de reforçar uma imagem positiva no mercado norte-americano.
Ontem, a Bayer anunciou que doaria dois milhões de comprimidos do antibiótico Cipro aos funcionários dos serviços de resgate, que atuaram na linha de frente do socorro às vítimas do World Trade Center.
Outros dois milhões de comprimidos foram doados aos funcionários dos correios norte-americanos, que possivelmente podem ter entrado em contato com o antraz.
"O que nós perdemos com o Lipobay não poderá ser recuperado através do Cipro", afirmou um porta-voz da Bayer, ao comparar o faturamento do grupo com as vendas de cada medicamento.
O anticolesterol Lipobay, usado por milhares de pessoas em todo o mundo, foi retirado do mercado em 2001 após ser associado à morte de mais de 50 pessoas.
Bayer nega irregularidades para proteger patente do Cipro
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O grupo químico e farmacêutico alemão Bayer revidou nesta sexta-feira as acusações de ter utilizado de meios ilegais para proteger a patente do antibiótico Cipro, usado no combate ao antraz.
Associações norte-americanas de proteção ao consumidor aderiram a uma ação judicial contra a Bayer.
Segundo as acusações, o antibiótico Cipro poderia estar no mercado a preços mais baixos, se a Bayer não tivesse feito uso de meios obscuros para manter a patente do medicamento no mercado norte-americano.
Segundo informou a direção da Bayer em Leverkusen, na Alemanha, a patente norte-americana do Cipro foi combatida com veemência nos últimos anos por outros laboratórios farmacêuticos.
Em uma dessas desavenças jurídicas, foi selado um acordo entre a Bayer e o laboratório norte-americano Barr, com o objetivo de reduzir os custos do processo.
A patente do Cipro, no entanto, teria sido, independentemente disso, confirmada diversas vezes pelas autoridades sanitárias dos EUA, de acordo com a diretoria da Bayer.
Advogados de associações norte-americanas de proteção ao consumidor anunciaram um ação conjunta contra a Bayer.
De acordo com as acusações, o laboratório Barr teria estado apto a colocar um medicamento semelhante ao Cipro no mercado norte-americano por preços bem mais baixos, caso não tivesse fechado o acordo com a Bayer.
Na última quinta-feira, um grupo de advogados e especialistas em saúde pública nos EUA aliou-se a 14 organizações de proteção ao consumidor, com o objetivo de aderir ao processo contra a Bayer.
A direção do grupo na Alemanha não vê, no entanto, qualquer chance nas ações movidas nos EUA.
Um porta-voz do grupo declarou nesta sexta-feira que desde 1997, foram movidas cerca de 40 ações contra a patente da Bayer sobre a ciprofloxacina, a substância ativa presente no Cipro.
"Nós ganhamos todos os processos que foram encerrados até hoje", afirmou o porta-voz.
A Bayer reduziu esta semana os preços de venda do Cipro sob pressão do governo norte-americano e confirmou o envio de até 300 milhões de comprimidos aos EUA.
O preço negociado entre a Bayer e o Ministro norte-americano da Saúde, Tommy Thompson, é de U$ 0,95 por comprimido, ao contrário do U$ 1,77 pedido pela Bayer de início.
Thompson exigiu do grupo alemão uma redução do preço do Cipro, sob ameaça de quebrar a patente do medicamento no mercado norte-americano.
Segundo o presidente da Bayer nos EUA, Helge H. Wehmeyer, o acordo feito com as autoridades sanitárias do país não deve ser entendido como um recuo do grupo farmacêutico, mas como uma demonstração de apoio.
"A Bayer dá seu apoio completo aos EUA na guerra contra o terrorismo biológico", afirmou Wehmeyer.
O objetivo do laboratório é o de reforçar uma imagem positiva no mercado norte-americano.
Ontem, a Bayer anunciou que doaria dois milhões de comprimidos do antibiótico Cipro aos funcionários dos serviços de resgate, que atuaram na linha de frente do socorro às vítimas do World Trade Center.
Outros dois milhões de comprimidos foram doados aos funcionários dos correios norte-americanos, que possivelmente podem ter entrado em contato com o antraz.
"O que nós perdemos com o Lipobay não poderá ser recuperado através do Cipro", afirmou um porta-voz da Bayer, ao comparar o faturamento do grupo com as vendas de cada medicamento.
O anticolesterol Lipobay, usado por milhares de pessoas em todo o mundo, foi retirado do mercado em 2001 após ser associado à morte de mais de 50 pessoas.
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