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31/10/2001
-
18h19
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
A Volkswagen deu um ultimato aos sindicatos dos metalúrgicos de São Bernardo e Taubaté. A montadora apresentou hoje sua última proposta para fechamento de um acordo de flexibilização da jornada de trabalho das fábricas de São Bernardo (região do ABC) e Taubaté, no interior de São Paulo.
A montadora ameaça começar a demitir funcionários nos próximos dias caso a proposta de flexibilização não seja aceita. Estimativa feita pela montadora revela que existem 4.000 funcionários excedentes nas duas plantas industriais. Desse total, 3.000 estão na fábrica de São Bernardo e 1.000 em Taubaté.
Segundo a Volkswagen, somente o fechamento do acordo de flexibilização pode evitar demissões nas duas fábricas, que empregam juntas cerca de 22,5 mil pessoas.
"Neste momento de extrema dificuldade que vivemos no mercado brasileiro, todos nós precisamos tomar decisões maduras e com visão no longo prazo", disse o diretor de Recursos Humanos da Volkswagen, Enrique Lozano. "Medidas como a flexibilização são formas maduras e socialmente justas de se enfrentar essas dificuldades."
A nova proposta da Volkswagen prevê redução de 15% na jornada de trabalho com equivalente corte de salários. A redução de salários seria compensada no pagamento da participação nos lucros e no reajuste do acordo coletivo. A proposta anterior previa redução de 20%, com desconto na PLR, reajuste e 13º salário.
De acordo com a proposta de flexibilização, seria criado um banco de horas com limitação de 200 horas por funcionário.
A proposta também prevê a terceirização das áreas não ligadas à montagem final do veículo, como fundição e logística. Segundo a comissão de fábrica de São Bernardo, a idéia da montadora é criar um sistema de produção enxuto, ou seja, apenas com funcionários ligados diretamente à montagem final do veículo.
A Volkswagen também quer demitir os funcionários com baixo desempenho, dar continuidade ao processo de desligamento dos aposentados e aumentar a contribuição dos empregados para os benefícios custeados pela empresa.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Luiz Marinho, disse que a proposta da Volks será apresentada durante assembléia de trabalhadores na próxima semana. De antemão, o sindicalista adianta que a proposta deve ser rejeitada. "A princípio, a nova proposta não é aceitável."
A Volks promete atender a uma das reivindicações dos sindicalistas para fechamento do acordo -a introdução de novos produtos- se a proposta de flexibilização for aceita. Segundo a montadora, as duas fábricas precisam tornar-se competitivas para que o pedido seja concedido. Na visão da montadora, as unidades serão competitivas se forem criadas tabelas com salários diferenciados e implementação de períodos de trabalho flexíveis.
Volkswagen ameaça demitir 4.000 nos próximos dias
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da Folha Online
A Volkswagen deu um ultimato aos sindicatos dos metalúrgicos de São Bernardo e Taubaté. A montadora apresentou hoje sua última proposta para fechamento de um acordo de flexibilização da jornada de trabalho das fábricas de São Bernardo (região do ABC) e Taubaté, no interior de São Paulo.
A montadora ameaça começar a demitir funcionários nos próximos dias caso a proposta de flexibilização não seja aceita. Estimativa feita pela montadora revela que existem 4.000 funcionários excedentes nas duas plantas industriais. Desse total, 3.000 estão na fábrica de São Bernardo e 1.000 em Taubaté.
Segundo a Volkswagen, somente o fechamento do acordo de flexibilização pode evitar demissões nas duas fábricas, que empregam juntas cerca de 22,5 mil pessoas.
"Neste momento de extrema dificuldade que vivemos no mercado brasileiro, todos nós precisamos tomar decisões maduras e com visão no longo prazo", disse o diretor de Recursos Humanos da Volkswagen, Enrique Lozano. "Medidas como a flexibilização são formas maduras e socialmente justas de se enfrentar essas dificuldades."
A nova proposta da Volkswagen prevê redução de 15% na jornada de trabalho com equivalente corte de salários. A redução de salários seria compensada no pagamento da participação nos lucros e no reajuste do acordo coletivo. A proposta anterior previa redução de 20%, com desconto na PLR, reajuste e 13º salário.
De acordo com a proposta de flexibilização, seria criado um banco de horas com limitação de 200 horas por funcionário.
A proposta também prevê a terceirização das áreas não ligadas à montagem final do veículo, como fundição e logística. Segundo a comissão de fábrica de São Bernardo, a idéia da montadora é criar um sistema de produção enxuto, ou seja, apenas com funcionários ligados diretamente à montagem final do veículo.
A Volkswagen também quer demitir os funcionários com baixo desempenho, dar continuidade ao processo de desligamento dos aposentados e aumentar a contribuição dos empregados para os benefícios custeados pela empresa.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Luiz Marinho, disse que a proposta da Volks será apresentada durante assembléia de trabalhadores na próxima semana. De antemão, o sindicalista adianta que a proposta deve ser rejeitada. "A princípio, a nova proposta não é aceitável."
A Volks promete atender a uma das reivindicações dos sindicalistas para fechamento do acordo -a introdução de novos produtos- se a proposta de flexibilização for aceita. Segundo a montadora, as duas fábricas precisam tornar-se competitivas para que o pedido seja concedido. Na visão da montadora, as unidades serão competitivas se forem criadas tabelas com salários diferenciados e implementação de períodos de trabalho flexíveis.
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