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G20 vai analisar reforma do FMI e do Banco Mundial
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da France Presse, em Johannesburgo
da Folha Online
Os novos chefes do Banco Mundial e do FMI (Fundo Monetário Internacional) terão a oportunidade de debater seus planos de reforma com os dirigentes financeiros das vinte maiores economias do mundo --entre elas o Brasil-- neste fim-de-semana, na África do Sul.
O francês Dominique Strauss-Kahn, que acaba de assumir a direção do FMI, e o americano Roberto Zoellick, que assumiu a liderança do Banco Mundial em julho, participarão pela primeira vez de uma mesa redonda com os ministros da Fazenda e representantes dos bancos centrais do chamado G20 (grupo que reúne países emergentes, liderados por Brasil e Índia, que busca, principalmente, abertura nos mercados agrícolas dos países ricos).
"É o espaço que queríamos para poder discutir a reforma das instituições", declarou o ministro da Fazenda da África do Sul, Trevor Manuel.
Brasil, Índia e África do Sul, em particular, consideram que o FMI e o Banco Mundial não levam em consideração todas as demandas dos países em desenvolvimento.
"O mundo mudou, já não é como nos últimos cinqüenta anos; países como o Brasil e a Índia devem ser melhor considerados", reconheceu Strauss-Kahn.
A África do Sul apoiou a candidatura do ex-ministro da Fazenda da França porque ele se comprometeu a revisar a representação, no FMI, dos países em desenvolvimento.
Zoellick, que substituiu Paul Wolfowitz, obrigado a renunciar devido a um caso de nepotismo, também tem se mostrado atento às expectativas das potências emergentes. Ele possui experiência em lidar com essas nações, já que trabalhou no departamento de Estado e representante americano de Comércio, entre 2001 e 2005.
Foi quando desempenhava esse cargo que Zoellick tomou conhecimento das dificuldades e das disputadas entre os países emergentes os ricos, devido à Rodada Doha da OMC (Organização Mundial de Comércio), que segue parada.
O diretor do banco central da África do Sul, Tito Mboweni, acrescentou que os desequilíbrios do sistema econômico mundial serão igualmente citados durante a reunião. "Deve-se abordar as relações de poder desequilibradas no sistema econômico mundial", afirmou.
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