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Equador declara estado de emergência em estatal de petróleo
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da Efe, em Quito
O governo do Equador declarou nesta quinta-feira a Petroecuador --empresa estatal de petróleo-- em estado de emergência e nomeou um contra-almirante como interventor na companhia.
O contra-almirante Fernando Zurita será o novo presidente-executivo da estatal.
A decisão, anunciada de surpresa, foi adotada diante da necessidade urgente de reestruturar a Petroecuador e para controlar uma paralisação na província de Orellana --que provocou a queda da produção petrolífera, disse uma fonte da Presidência.
A paralisação, que começou no domingo passado, impediu a exploração dos campos petrolíferos Auca Sul, Auca Central e Cononaco.
"A paralisação afeta 47 poços, o que representa uma perda de aproximadamente US$ 3 milhões diários, já que se deixaram de produzir 36 mil barris de petróleo ao dia, além dos danos à infra-estrutura dos campos", diz a Presidência em comunicado.
A Petroecuador informou na quarta-feira que perdeu a produção de milhares de barris de petróleo pelos protestos de moradores de Dayuma, que exigem obras de infra-estrutura.
A produção da estatal tinha se estabilizado no sábado em 175.067 barris diários, mas na quarta-feira caíra para 139.436 barris.
Com esta situação, o governo decidiu declarar em estado de emergência o sistema da Petroecuador e designar Zurita como novo presidente-executivo da entidade.
A primeira missão dele será processar "por sabotagem todos os antipatriotas que causaram este dano", diz o decreto presidencial.
Foi ordenada ainda a formação de uma comissão liderada pelo ministro-coordenador da Segurança Interna e Externa, Fernando Bustamante, para que investigue e relate quem são os responsáveis que interromperam a produção.
A Presidência não descarta declarar a província de Orellana em estado de emergência.
O presidente Rafael Correa ratificou que não permitirá este tipo de desmandos e que "aplicará todo o rigor da lei."
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