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Grupo JBS-Friboi compra participação em empresa italiana
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da Folha Online
O grupo JBS-Friboi anunciou a compra de uma participação de 50% na italiana Inalca por US$ 327,5 milhões. A transação será feita através de um aumento de capital da Inalca (controlada pelo grupo Cremonini) de US$ 320,2 milhões e envolve toda a divisão de produção de carne bovina e subprodutos de carne bovina da Cremonini.
A assinatura dos acordos finais está prevista para o próximo dia 21, enquanto que a transferência de ações e a finalização dos acordos ocorrerá até janeiro de 2008. A operação ainda está sujeita à autorização das autoridades reguladoras.
Além disso, o acordo inclui uma opção de venda, pela qual a Cremonini poderá exercer o direito de vender a sua participação de 50% na Inalca para a JBS a qualquer momento entre o quarto e décimo ano após a conclusão da operação.
Com uma capacidade de abate de 3.500 cabeças de gado por dia e uma capacidade de processamento de 260 mil toneladas de carne por ano, a Inalca opera seis unidades de produção na Itália e nove instalações internacionais em outros países da Europa e na África.
O grupo JBS --maior grupo produtor e exportador de carne bovina da América Latina-- adquiriu, em maio deste ano a americana Swift Foods, pelo valor estimado de US$ 1,4 bilhão. O presidente da empresa, Joesley Mendonça Batista, disse à época que a aquisição da Swift representa um passo significativo para a indústria de carne bovina no Brasil, na América do Sul e em escala global. A nova empresa estará presente nos EUA, no Brasil, na Argentina e na Austrália, que, em conjunto, representam 45% do consumo mundial de carne bovina.
A empresa anunciou no mês passado ter registrado um prejuízo líquido de R$ 78,3 milhões no terceiro trimestre deste ano, contra um lucro de R$ 38,7 milhões no trimestre imediatamente anterior.
Segundo a empresa, o lucro líquido no trimestre passado foi afetado pela variação cambial sobre os investimentos feitos em moeda estrangeira no período, de cerca de R$ 67 milhões (nos nove primeiros meses do ano, esses investimentos chegaram a R$ 116 milhões). Excluído esse efeito, o prejuízo líquido teria ficado em R$ 11,3 milhões no trimestre passado e de R$ 87,1 milhões entre janeiro e setembro.
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