Petróleo tem ligeira alta, com tensão entre EUA e Irã e decisão da Opep

O preço do petróleo registra ligeira alta nesta sexta-feira, com a tensão entre EUA e Irã, sobre o programa nuclear do país persa, além da decisão da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) nesta semana de manter sua cota de produção, contra uma expectativa de aumento.

Às 10h41 (em Brasília), o barril do petróleo cru para entrega em janeiro de 2008, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, estava cotado a US$ 90,30, em ligeira variação positiva de 0,08%. Até o horário, o preço máximo atingido pelo barril era de US$ 90,68 e o mínimo, US$ 89,60.

Antes da decisão da Opep, o preço do barril chegou a cair para o patamar de US$ 88, contra o recorde de US$ 99,29 atingido no mês passado. Na quarta-feira, a Opep decidiu manter sua cota de produção em 27,25 milhões de barris por dia, mas a decisão contrariou a expectativa dos investidores, que esperavam um aumento de 500 mil barris diários.

Ontem também a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) revisou para cima sua estimativa de crescimento econômico para a China neste ano, de 10,4% para 11,4%, o que elevou os temores de que a demanda por petróleo no país asiático cresça e comprima ainda mais a oferta mundial --o que pode aumentar a pressão sobre as cotações da commodity.

A tensão entre EUA e Irã na questão nuclear também cria incertezas no mercado petrolifero. Ontem, a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, pediu aos governos da União Européia (UE) e da Rússia que mantenham a pressão sobre o Irã para que o governo do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, interrompa o processo de enriquecimento de urânio.

A preocupação entre analistas e investidores é que um eventual conflito entre Irã e EUA resulte em interrupção do fornecimento de petróleo no Oriente Médio.

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