Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
15/11/2001 - 07h30

Risco do Brasil é o menor desde atentados

Publicidade

ANA PAULA RAGAZZI
da Folha de S.Paulo

O risco-país do Brasil, medido pelo índice Embi+, do JP Morgan, caiu ontem para 988 pontos. É o menor desde os atentados terroristas de 11 de setembro aos EUA. Enquanto isso, o argentino disparava, para 2.664 pontos.

"Os fundamentos da economia brasileira melhoraram", disse Felipe Illanes, analista da Merrill Lynch ao "Financial Times".

O estrategista para mercados emergente do Salomon Smith Barney, Arvind Rajan, afirmou ao jornal britânico que o mercado exagerou no temor de contágio pela crise argentina.

"O descolamento entre os riscos de Brasil e Argentina, amplamente justificável, é uma excelente notícia", afirmou.

O C-Bond, título da dívida brasileira, acumula valorização de 15% nos últimos 30 dias.
Mas, às vésperas do feriado, ontem, e, diante da falta de notícias, os investidores brasileiros voltaram a olhar para a Argentina. Ou para as idas e vindas do fechamento do acordo entre governo e Províncias e para a reestruturação da dívida do país. O dólar subiu 0,91%, para R$ 2,545.

"Pode-se dizer que o mercado usou a Argentina hoje [ontem] como pretexto para especular com o dólar", diz Helio Osaki, analista da Finambras.

"Mas não houve grandes movimentos de compra. E essa alta não deve ser tomada como uma tendência."

Ele lembra, também, que o feriado contribuiu para que os investidores assumissem uma posição defensiva. "Sempre há o temor de que venha uma surpresa da Argentina, a qualquer hora."

Segundo Miriam Tavares, diretora de câmbio da corretora AGK, algumas empresas e instituições financeiras não irão trabalhar nem hoje nem amanhã. "Com isso, tiveram de honrar hoje [ontem] compromissos que venceriam na sexta-feira. Daí uma procura maior pelo dólar. Na outra ponta, não havia forte disposição para a venda da moeda", afirma.

A Bovespa fechou com queda de 0,71%, em 12.825 pontos. A Bolsa chegou a operar em alta e a superar, novamente, os 13 mil pontos pela manhã. A baixa foi detonada pela divulgação da queda de 9% na produção de petróleo da Petrobras. As ordinárias perderam 4,6%; as preferenciais, 4,2%. O pregão contou com giro financeiro de R$ 806,3 milhões, acima da média do mês passado.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página