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24/08/2000
-
21h11
da Folha de S.Paulo
A tarifa do Metrô de São Paulo vai subir se os metroviários ganharem na Justiça a disputa por aumento salarial. A afirmação é do secretário dos Transportes Metropolitanos, Cláudio de Senna Frederico.
O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) julgará na próxima terça as reivindicações da categoria. Eles pedem 7,38% de reajuste, 11,45% de produtividade e pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados).
"Só existem duas alternativas. Aumenta o preço ou reduz o custo. O único jeito de reduzir custo é demitir pessoas. Então, me parece mais provável que se aumente o preço e não demita pessoas'', disse Frederico, após depor à Comissão de Fiscalização e Controle da Assembléia Legislativa.
Segundo ele, esse reajuste da tarifa deve ser proporcional às reivindicações dos metroviários. Se a Justiça aceitar os índices sugeridos pelo sindicato, o valor do bilhete unitário subiria de R$ 1,40 para R$ 1,70. O último aumento da tarifa aconteceu em agosto de 1999. O bilhete unitário, na época, custava R$ 1,25.
Os 7.300 funcionários do Metrô ameaçam fazer greve na próxima quarta-feira. O sistema transporta 2,4 milhões de passageiros diariamente. A paralisação estava marcada para a última quarta, mas foi suspensa depois de o TRT pedir prazo para analisar o assunto.
Desde 1995, a tarifa do Metrô subiu 133%. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) acumulado desde julho de 1994 é de 79%. No primeiro semestre de 1995, o bilhete unitário custava R$ 0,60.
O secretário admite que a tarifa aumentou "demais''. 'A tarifa tem subido demais pela pressão (dos funcionários). Nessa briga, quem fica de fora é o público. Estamos transferindo recursos do passageiro, que ganha menos, para o metroviário, que ganha mais'', disse.
A tendência é que o TRT determine algum tipo de reajuste na próxima terça. Em maio, quando a categoria entrou em greve, o tribunal sugeriu um aumento de 6%, que acabou não sendo dado após acordo entre as duas partes.
Se não ficar satisfeito com a determinação do tribunal, o Metrô pode recorrer ao TST (Tribunal Superior do Trabalho). O presidente do Sindicato dos Metroviários, Onofre Gonçalves de Jesus, afirmou hoje não acreditar na necessidade de elevar a tarifa. 'Nós condenamos essa posição. O preço atual já é muito alto. Se fosse preciso, poderia haver subsídio do governo.''
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Metrô vai subir em São Paulo se funcionários ganharem reajuste na Justiça
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A tarifa do Metrô de São Paulo vai subir se os metroviários ganharem na Justiça a disputa por aumento salarial. A afirmação é do secretário dos Transportes Metropolitanos, Cláudio de Senna Frederico.
O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) julgará na próxima terça as reivindicações da categoria. Eles pedem 7,38% de reajuste, 11,45% de produtividade e pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados).
"Só existem duas alternativas. Aumenta o preço ou reduz o custo. O único jeito de reduzir custo é demitir pessoas. Então, me parece mais provável que se aumente o preço e não demita pessoas'', disse Frederico, após depor à Comissão de Fiscalização e Controle da Assembléia Legislativa.
Segundo ele, esse reajuste da tarifa deve ser proporcional às reivindicações dos metroviários. Se a Justiça aceitar os índices sugeridos pelo sindicato, o valor do bilhete unitário subiria de R$ 1,40 para R$ 1,70. O último aumento da tarifa aconteceu em agosto de 1999. O bilhete unitário, na época, custava R$ 1,25.
Os 7.300 funcionários do Metrô ameaçam fazer greve na próxima quarta-feira. O sistema transporta 2,4 milhões de passageiros diariamente. A paralisação estava marcada para a última quarta, mas foi suspensa depois de o TRT pedir prazo para analisar o assunto.
Desde 1995, a tarifa do Metrô subiu 133%. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) acumulado desde julho de 1994 é de 79%. No primeiro semestre de 1995, o bilhete unitário custava R$ 0,60.
O secretário admite que a tarifa aumentou "demais''. 'A tarifa tem subido demais pela pressão (dos funcionários). Nessa briga, quem fica de fora é o público. Estamos transferindo recursos do passageiro, que ganha menos, para o metroviário, que ganha mais'', disse.
A tendência é que o TRT determine algum tipo de reajuste na próxima terça. Em maio, quando a categoria entrou em greve, o tribunal sugeriu um aumento de 6%, que acabou não sendo dado após acordo entre as duas partes.
Se não ficar satisfeito com a determinação do tribunal, o Metrô pode recorrer ao TST (Tribunal Superior do Trabalho). O presidente do Sindicato dos Metroviários, Onofre Gonçalves de Jesus, afirmou hoje não acreditar na necessidade de elevar a tarifa. 'Nós condenamos essa posição. O preço atual já é muito alto. Se fosse preciso, poderia haver subsídio do governo.''
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