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Venda de empresa de Eike Batista será concluída em até 90 dias
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CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio
A operação de venda de parte da "[MMX Mineração e Metálicos]": para a Anglo American deverá ser concluída em até 90 dias, informou nesta sexta-feira o diretor-geral da MMX, Rodolfo Landim. As duas empresas anunciaram um contrato preliminar assinado para consumar o negócio em breve. A MMX é uma das empresa da holding EBX, controlada pelo empresário Eike Batista. O valor do negócio pode chegar a US$ 5,5 bilhões.
A operação prevê que a MMX será dividida em três empresas: a Newco, a LLX e a própria MMX. Foi criada uma nova empresa, denominada de Newco. Nela, será incluída duas das quatro principais minas da companhia, o sistema MMX Amapá e o MMX Minas-Rio. A Newco vai ter o controle comprado pela Anglo American junto à Eike Batista, com a venda de 68% das ações pertencentes ao empresário na MMX. Esse percentual corresponde a 100% da MMX Minas-Rio e 70% da MMX Amapá.
O restante poderá ser comprado pela Anglo American junto aos acionistas minoritários. Se todos os acionistas aderirem á oferta de tag along da Newco, o capital será automaticamente fechado.
"No fim da cisão, o acionista que tem uma ação, vai ter três ações. Uma da antiga MMX, outra da LLX e uma da Newco. A Anglo vai fazer uma oferta de tag along de 100% para os acionistas minoritários. Vão comprar as ações dos acionistas minoritários pelo mesmo preço que está sendo comprado do Eike. O prêmio (US$ 361,12) de controle está sendo diluído entre todos os acionistas", explicou o diretor jurídico, Paulo Gouvêa.
O capital da LLX, subsidiária de logística da MMX que detém as participações portuárias do grupo, terá o capital aberto. As ações da LLX serão entregues aos acionistas da MMX. Essas ações representam 85% da LLX. Os 15% restantes são de um fundo canadense.
A MMX remanescente terá entre seus ativos a planta de metálicos de Corumbá, a Mineração Metálica, a AVG e a Minerminas.
"MMX e LLX continuam sob controle do Eike Batista. A Anglo está comprando um veículo que detém essas participações. O resto, continua a velha MMX, com a diferença que as ações deram filhotes", observou Gouvêa.
O valor de mercado da MMX é de US$ 7,5 bilhões, e a Newco está propondo US$ 5,5 bilhões pelo valor integral . O valor da nova MMX seria de US$ 2 bilhões. Nos últimos 18 meses, desde que a MMX abriu capital, o valor de mercado da empresa saltou de US$ 1,4 bilhão para US$ 7,5 bilhões.
"Ainda vamos ficar com ações remanescentes de duas companhias, a LLX e a chamada velha MMX", resumiu Rodolfo Landim.
Em relação à utilização futura do dinheiro obtido com o negócio, Eike Batista deu poucos detalhes. Segundo ele, o montante será "investido no Brasil". Para Batista, quem investe em sua companhia acredita na criação muito rápida de valor.
"No Brasil, talvez tenha sido a maior criação de valor em um espaço de tempo", ressaltou.
Batista disse ainda que a MMX continua de olho na exploração de novos ativos de bauxita e urânio.
"Na nossa visão, a MMX que sobra detém ativos importantes. Continuamos de olho outros ativos no Brasil. A história da MMX não acabou", completou.
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