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03/12/2001 - 10h28

Argentina precisava conter a sangria nos bancos, diz NGO

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SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online

O governo argentino precisava limitar os saques e dolarizar os depósitos para desestimular a corrida dos investidores aos bancos, no momento em que negocia antecipação de empréstimos com o FMI (Fundo Monetário Internacional) para honrar seus compromissos de dezembro.

"Apesar de impopular, a medida é defensiva, pois estanca a sangria desatada nos bancos. Não dava para pedir U$ 1 bilhão ao FMI deixando vazar outro US$ 1 bilhão via saques de correntistas", diz o diretor da NGO Corretora de Câmbio, Sidnei Moura Nehme.

Ele afirma que o próximo passo do governo argentino deve ser anunciar uma solução para os pagamentos que vencem este mês.

"Tudo vai depender do grau de sucesso da negociação com o FMI", diz.

Ele afirma que a dolarização dos depósitos a prazo fixo (com autorização do correntista) pode ser interpretada como um ensaio para uma dolarização integral da economia.

"O governo argentino terá de acertar sua moeda."

Para o economista, os limites dos saques pela Argentina (US$ 250 semanais) não podem ser comparados a um confisco, como ocorreu no Brasil no início do governo Collor.

"As pessoas podem movimentar o dinheiro por cheques. Não há uma imobilidade do dinheiro. A intenção do governo era evitar que as pessoas tirassem dinheiro do sistema bancário, convertendo peso em dólar."
 

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