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14/12/2001
-
09h32
ELAINE COTTA
da Folha Online
O vice-ministro argentino da Economia, Daniel Marx, deixa o governo e aumentam as dúvidas sobre a condução da reestruturação da dívida pública e de uma eventual dolarização no país. O pedido oficial de demissão de Marx foi confirmado hoje pela manhã.
Os jornais argentinos já adiantaram que o possível nome para assumir a vaga é Miguel Kiguel, que esteve no governo durante a gestão do peronista Carlos Menem.
Dolarização
Kiguel já deu declarações mostrando ser favorável à dolarização no país.
O assunto, segundo a imprensa argentina, teria sido o estopim que motivou a saída de Marx do governo.
Dentro do governo, Marx sempre defendeu a dolarização. Mas nas últimas semanas acredita que a dolarização não teria mais efeito e passou a defender o fim da paridade. Cavallo, por sua vez, continuaria contrário à desvalorização.
A imprensa argentina também dá conta que a equipe do ex-secretário de Finanças, Roque Fernández, poderá passar a conduzir a troca da dívida no lugar de Marx.
As divergências entre Marx e Cavallo teriam aumentado consideravelmente após o pacote de medidas que restringiu os saques bancários e dolarizou os depósitos no país.
Segundo a imprensa argentina, Marx e Cavallo tiveram uma dura discussão quando o ministro decidiu limitar os saques nos bancos sem consultar o vice-ministro. Marx teria dito que limitar os saques a US$ 250 por semana provocaria uma severa perda de confiança dos mercados no governo argentino.
Marx também teria sido contra a viagem do ministro a Washington na semana passada, quando Cavallo se reuniu com diretores do FMI (Fundo Monetário Internacional).
A notícia é recebida como uma bomba no mercado hoje, principalmente depois de uma dia em que a Argentina enfrentou uma das mais sérias e violentas greves de sua história. A manifestação foi marcada por ônibus apedrejados, conflitos com a polícia, táxis e caixas eletrônicos incendiados, vidraças quebradas.
Praticamente todos os serviços públicos não funcionaram ontem e os argentinos tiveram que andar a pé porque não havia metrô e trens. As ruas de Buenos Aires ficaram cobertas de lixo porque os catadores de lixo não trabalharam.
Leia mais no especial sobre Argentina
Vice de Cavallo renuncia e deixa dúvidas sobre troca da dívida
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da Folha Online
O vice-ministro argentino da Economia, Daniel Marx, deixa o governo e aumentam as dúvidas sobre a condução da reestruturação da dívida pública e de uma eventual dolarização no país. O pedido oficial de demissão de Marx foi confirmado hoje pela manhã.
Reuters |
Os jornais argentinos já adiantaram que o possível nome para assumir a vaga é Miguel Kiguel, que esteve no governo durante a gestão do peronista Carlos Menem.
Dolarização
Kiguel já deu declarações mostrando ser favorável à dolarização no país.
O assunto, segundo a imprensa argentina, teria sido o estopim que motivou a saída de Marx do governo.
Dentro do governo, Marx sempre defendeu a dolarização. Mas nas últimas semanas acredita que a dolarização não teria mais efeito e passou a defender o fim da paridade. Cavallo, por sua vez, continuaria contrário à desvalorização.
A imprensa argentina também dá conta que a equipe do ex-secretário de Finanças, Roque Fernández, poderá passar a conduzir a troca da dívida no lugar de Marx.
As divergências entre Marx e Cavallo teriam aumentado consideravelmente após o pacote de medidas que restringiu os saques bancários e dolarizou os depósitos no país.
Segundo a imprensa argentina, Marx e Cavallo tiveram uma dura discussão quando o ministro decidiu limitar os saques nos bancos sem consultar o vice-ministro. Marx teria dito que limitar os saques a US$ 250 por semana provocaria uma severa perda de confiança dos mercados no governo argentino.
Marx também teria sido contra a viagem do ministro a Washington na semana passada, quando Cavallo se reuniu com diretores do FMI (Fundo Monetário Internacional).
A notícia é recebida como uma bomba no mercado hoje, principalmente depois de uma dia em que a Argentina enfrentou uma das mais sérias e violentas greves de sua história. A manifestação foi marcada por ônibus apedrejados, conflitos com a polícia, táxis e caixas eletrônicos incendiados, vidraças quebradas.
Praticamente todos os serviços públicos não funcionaram ontem e os argentinos tiveram que andar a pé porque não havia metrô e trens. As ruas de Buenos Aires ficaram cobertas de lixo porque os catadores de lixo não trabalharam.
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