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14/12/2001
-
20h43
da Folha de S. Paulo
O presidente Fernando de la Rúa resolveu aumentar a pressão para convencer a oposição a aprovar o Orçamento de 2002, sem o qual o FMI não liberará os desembolsos pendentes.
Em encontro que teve com o ex-presidente Carlos Menem, De la Rúa teria admitido que, se o Orçamento não for aprovado até o fim do ano, a Argentina entrará em "default" (calote) em janeiro.
A informação apareceu hoje nas páginas do jornal "Clarín". A dificuldade que o governo enfrenta para aprovar o Orçamento são os vários cortes extras exigidos pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) para mandar aos cofres argentinos o US$ 1,26 bilhão esperado ainda para este mês.
A principal oposição _o Partido Justicialista, que é presidido formalmente por Menem_ domina as duas Casas do Congresso. Sem seu apoio, o Orçamento não passa. A oposição não quer assumir o ônus de realizar novos ajustes na economia.
O ministro da Economia, Domingo Cavallo, afirmou que o governo federal terá de fazer um ajuste extra de US$ 1,5 bilhão e as Províncias _que equivalem aos Estados brasileiros_, de US$ 2,5 bilhões.
O primeiro projeto de Orçamento, que o FMI recusou, já trazia cortes superiores a US$ 7 bilhões em relação ao Orçamento deste ano.
A corrida do governo para convencer as lideranças e os governadores da oposição a aceitarem os novos cortes segue o calendário do FMI.
No próximo dia 21, haverá a última reunião do Fundo Monetário Internacional deste ano e o governo pretende estar no centro das discussões nesta data.
Os novos cortes fiscais podem voltar a atingir os funcionários públicos e aposentados, que, além de correrem o risco de não terem direito ao décimo terceiro salário no próximo ano, podem ver seus salários, já cortados em 13% neste ano, sofrerem novo ajuste, dessa vez de 21%.
O presidente da Câmara dos Deputados, o justicialista Eduardo Camaño, voltou a afirmar que o Orçamento não vai passar com mais cortes.
De la Rúa admite a Menem calote em janeiro, diz "Clarín"
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O presidente Fernando de la Rúa resolveu aumentar a pressão para convencer a oposição a aprovar o Orçamento de 2002, sem o qual o FMI não liberará os desembolsos pendentes.
Em encontro que teve com o ex-presidente Carlos Menem, De la Rúa teria admitido que, se o Orçamento não for aprovado até o fim do ano, a Argentina entrará em "default" (calote) em janeiro.
A informação apareceu hoje nas páginas do jornal "Clarín". A dificuldade que o governo enfrenta para aprovar o Orçamento são os vários cortes extras exigidos pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) para mandar aos cofres argentinos o US$ 1,26 bilhão esperado ainda para este mês.
A principal oposição _o Partido Justicialista, que é presidido formalmente por Menem_ domina as duas Casas do Congresso. Sem seu apoio, o Orçamento não passa. A oposição não quer assumir o ônus de realizar novos ajustes na economia.
O ministro da Economia, Domingo Cavallo, afirmou que o governo federal terá de fazer um ajuste extra de US$ 1,5 bilhão e as Províncias _que equivalem aos Estados brasileiros_, de US$ 2,5 bilhões.
O primeiro projeto de Orçamento, que o FMI recusou, já trazia cortes superiores a US$ 7 bilhões em relação ao Orçamento deste ano.
A corrida do governo para convencer as lideranças e os governadores da oposição a aceitarem os novos cortes segue o calendário do FMI.
No próximo dia 21, haverá a última reunião do Fundo Monetário Internacional deste ano e o governo pretende estar no centro das discussões nesta data.
Os novos cortes fiscais podem voltar a atingir os funcionários públicos e aposentados, que, além de correrem o risco de não terem direito ao décimo terceiro salário no próximo ano, podem ver seus salários, já cortados em 13% neste ano, sofrerem novo ajuste, dessa vez de 21%.
O presidente da Câmara dos Deputados, o justicialista Eduardo Camaño, voltou a afirmar que o Orçamento não vai passar com mais cortes.
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