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22/12/2001 - 20h03

Banco Itaú compra o Sudameris

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TONI SCIARRETTA
Editor de Economia da Folha Online

O Banco Itáu fechou a compra do Sudameris, o braço latino-americano do grupo italiano Intesa. A notícia ainda não foi confirmada oficialmente pelo Itaú no Brasil mas foi divulgada pelo próprio Intesa hoje em Milão e deve ser publicada nos jornais brasileiros na segunda-feira.

A compra do Sudameris faz o Itaú encostar em tamanho no Bradesco, o maior banco privado brasilerio, que tem hoje US$ 107 bilhões em ativos. No Brasil, o Sudameris é o décimo maior banco e o Itaú, o segundo. Com a compra do Sudameris, o Itaú soma cerca de R$ 18 bilhões a seus ativos, que chegarão agora a US$ 100 bilhões. Com as 270 agências do Sudameris no Brasil, o Itaú passa ter 2.379 -ainda abaixo das 2.570 agências do Bradesco no país.

Exatamente pela importância estratégica no Brasil, o Sudameris era disputado pelo Itaú e pelo Unibanco, que até o final de novembro era o favorito nas negociações.

Nas últimas semanas, o norte-americano Citibank também teria feito uma oferta pelo Sudameris. O interesse do Citi pelo Sudameris aumentou consideravelmente após o fracasso das negociações para a compra do Finasa, que, dizem fontes do mercado, já teriam sido reabertas.

De acordo com o comunicado feito em Milão, a oferta por 99,98% do capital do Sudameris não incluiria as subsidiárias na Argentina e no Peru. Estão na negociação as agências francesas do Sudameris, os bancos no Uruguai, Chile, Panamá, Estados Unidos e paraíso fiscal das Ilhas Cayman.

O valor da negociação não foi divulgado, mas fontes do mercado calculam que o Itaú pague até US$ 1,6 bilhão pela parte brasileira do Sudameris.

O valor vai depender da avaliação dos ativos do Sudameris feita pelo Itaú. A negociação deve ser fechada até março e só depende da finalização dessa avaliação.

Na semana passada o Intesa confirmou à Folha Online que estudava a venda do banco Sudameris. O Intesa informou que pretendia fazer uma reorganização do grupo para racionalizar a sua presença em vários países.

A notícia chegou a pressionar o dólar comercial, com a expectativa de saída de recursos do país para pagar o grupo italiano. Depois, o mercado reavaliou a negociação e passou a acreditar que os recursos utilizados -fosse pelo Itaú, Unibanco ou mesmo do Citibank- fossem transferidos do exterior. Ou seja, nem passariam pelo Brasil e não teriam assim qualquer impacto nas cotações do dólar comercial.

Com agências internacionais
 

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