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26/12/2001
-
09h23
da Folha de S.Paulo
O euro, ao contrário do que se esperava, entrará em circulação em um momento difícil dos 12 países da União Européia (UE) que aceitaram adotar a moeda comum. Os 12 membros enfrentam dificuldades provocadas pela desaceleração na economia norte-americana e pelos efeitos dos atentados terroristas de 11 de setembro aos EUA.
O euro existe desde 1999, funcionando como uma espécie de indexador para as moedas dos 12 países no qual circulará. Desde sua criação, a moeda comum protegeu os países da zona do euro de outras turbulências como as possíveis desvalorizações do franco francês, do marco alemão e da lira italiana.
Os 12 países que integram a zona da moeda comum vão chegar à data de lançamento do euro em condições econômicas muito diferentes. Isso vai dificultar bastante os trabalhos para reativar a economia da região, afetada em grande escala por problemas internos e externos.
O país mais poderoso da região, a Alemanha, corre o risco de entrar em recessão em breve, sem que o governo do país possa fazer muita coisa para evitar isso. Os alemães estão de mãos atadas pelos seus objetivos de controle de gastos e pela impossibilidade de aumentar impostos para não prejudicar ainda mais o consumo.
Segundo as últimas previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), a Alemanha não deve crescer mais de 0,7% em 2002. O país já havia registrado contração do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre deste ano.
Outra grande economia da região, a França, também enfrenta dificuldades. Apesar de ainda registrar bons níveis de consumo interno, graças as quedas na inflação, o país pode ter problemas com a perda de confiança dos consumidores por causa do aumento no desemprego.
Por causa de sua meta de equilíbrio orçamentário até 2004, previsto no Pacto de Estabilidade e de Crescimento, o governo francês não pode gastar mais do que gasta atualmente. O problema é que o governo também se nega a compensar perdas de arrecadação com aumentos de impostos, prejudiciais para o consumo.
Problemas externos
Além dos problemas internos, segundo o FMI, a economia européia não deve crescer muito em 2002. Para o Fundo, o PIB dos países europeus deve aumentar apenas 1,2% no ano que vem. Economistas de empresas privados têm uma visão mais pessimista e acreditam que o crescimento econômico da região não deverá ultrapassar 1%.
As razões de tanto pessimismo são a crise nos setores de novas tecnologias e telecomunicações e as fortes quedas nos mercados acionários.
Além disso, contribuíram para a previsão do Fundo e das instituições privadas a disparada da inflação em 2000 com o aumento dos preços do petróleo e de alimentos.
Os principais problemas na opinião dos especialistas, entretanto, são mesmo a desaceleração econômica americana e os efeitos dos atentados de 11 de setembro.
Com informações das agências internacionais.
Saiba tudo sobre o euro
Estagnação econômica ameaça países da Eurolândia
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O euro, ao contrário do que se esperava, entrará em circulação em um momento difícil dos 12 países da União Européia (UE) que aceitaram adotar a moeda comum. Os 12 membros enfrentam dificuldades provocadas pela desaceleração na economia norte-americana e pelos efeitos dos atentados terroristas de 11 de setembro aos EUA.
O euro existe desde 1999, funcionando como uma espécie de indexador para as moedas dos 12 países no qual circulará. Desde sua criação, a moeda comum protegeu os países da zona do euro de outras turbulências como as possíveis desvalorizações do franco francês, do marco alemão e da lira italiana.
Os 12 países que integram a zona da moeda comum vão chegar à data de lançamento do euro em condições econômicas muito diferentes. Isso vai dificultar bastante os trabalhos para reativar a economia da região, afetada em grande escala por problemas internos e externos.
O país mais poderoso da região, a Alemanha, corre o risco de entrar em recessão em breve, sem que o governo do país possa fazer muita coisa para evitar isso. Os alemães estão de mãos atadas pelos seus objetivos de controle de gastos e pela impossibilidade de aumentar impostos para não prejudicar ainda mais o consumo.
Segundo as últimas previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), a Alemanha não deve crescer mais de 0,7% em 2002. O país já havia registrado contração do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre deste ano.
Outra grande economia da região, a França, também enfrenta dificuldades. Apesar de ainda registrar bons níveis de consumo interno, graças as quedas na inflação, o país pode ter problemas com a perda de confiança dos consumidores por causa do aumento no desemprego.
Por causa de sua meta de equilíbrio orçamentário até 2004, previsto no Pacto de Estabilidade e de Crescimento, o governo francês não pode gastar mais do que gasta atualmente. O problema é que o governo também se nega a compensar perdas de arrecadação com aumentos de impostos, prejudiciais para o consumo.
Problemas externos
Além dos problemas internos, segundo o FMI, a economia européia não deve crescer muito em 2002. Para o Fundo, o PIB dos países europeus deve aumentar apenas 1,2% no ano que vem. Economistas de empresas privados têm uma visão mais pessimista e acreditam que o crescimento econômico da região não deverá ultrapassar 1%.
As razões de tanto pessimismo são a crise nos setores de novas tecnologias e telecomunicações e as fortes quedas nos mercados acionários.
Além disso, contribuíram para a previsão do Fundo e das instituições privadas a disparada da inflação em 2000 com o aumento dos preços do petróleo e de alimentos.
Os principais problemas na opinião dos especialistas, entretanto, são mesmo a desaceleração econômica americana e os efeitos dos atentados de 11 de setembro.
Com informações das agências internacionais.
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