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16/06/2000
-
18h52
RICARDO GRINBAUM
da Folha de S. Paulo, em Londres
O programa brasileiro de retenção das exportações de café começou a funcionar nesta sexta-feira (16). Todo produtor ou atacadista que quiser vender seu produto no exterior terá de deixar 20% de sua mercadoria em 13 armazéns do governo.
A medida faz parte do plano da Associação dos Países Produtores de Café (APPC), presidida pelo Brasil, de diminuir a oferta do produto no mercado internacional e forçar uma alta na cotação do grão. Hoje, o café está cotado a 60 centavos de dólar por libra-peso e o objetivo é chegar a 95 centavos por libra-peso.
Maior produtor mundial de café, o Brasil está sendo visto com suspeitas pelo mercado internacional. Muitos comerciantes levantaram dúvidas sobre a real intenção de o país limitar suas exportações. Sem a participação brasileira, o plano de retenção está condenado ao fracasso.
Numa tentativa de mostrar sua intenção de cumprir o programa, o governo brasileiro acertou a liberação de R$ 300 milhões para financiamento dos produtores enquanto a mercadoria fica retida nos armazéns públicos.
A liberação da verba foi decidida numa reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN), a pedido do ministro da Agricultura Pratini de Moraes. Pelas regras estabelecidas pelo governo, os produtores terão acesso a empréstimos pagando taxas de juros de 9,5% ao ano, contra 18,5% vigentes no mercado financeiro.
O brasileiro Robério Silva, secretário-geral da APPC, diz que a iniciativa é uma prova da seriedade do programa de retenção no país e nega que o dinheiro de financiamento sairá dos cofres públicos, como apontam os críticos do plano. "Não sairá um tostão do governo. O dinheiro vem de um fundo formado a partir de uma taxa paga pelos exportadores de café", argumentou Silva.
O secretário-geral da APPC apresentou também um resumo das iniciativas dos outros 18 países envolvidos no programa de retenção. Em vários países, disse Robério Silva, já existem medidas concretas para reter as exportações, citando exemplos como Colômbia, Vietnã e México.
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Mercado duvida que Brasil retenha exportação de café
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da Folha de S. Paulo, em Londres
O programa brasileiro de retenção das exportações de café começou a funcionar nesta sexta-feira (16). Todo produtor ou atacadista que quiser vender seu produto no exterior terá de deixar 20% de sua mercadoria em 13 armazéns do governo.
A medida faz parte do plano da Associação dos Países Produtores de Café (APPC), presidida pelo Brasil, de diminuir a oferta do produto no mercado internacional e forçar uma alta na cotação do grão. Hoje, o café está cotado a 60 centavos de dólar por libra-peso e o objetivo é chegar a 95 centavos por libra-peso.
Maior produtor mundial de café, o Brasil está sendo visto com suspeitas pelo mercado internacional. Muitos comerciantes levantaram dúvidas sobre a real intenção de o país limitar suas exportações. Sem a participação brasileira, o plano de retenção está condenado ao fracasso.
Numa tentativa de mostrar sua intenção de cumprir o programa, o governo brasileiro acertou a liberação de R$ 300 milhões para financiamento dos produtores enquanto a mercadoria fica retida nos armazéns públicos.
A liberação da verba foi decidida numa reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN), a pedido do ministro da Agricultura Pratini de Moraes. Pelas regras estabelecidas pelo governo, os produtores terão acesso a empréstimos pagando taxas de juros de 9,5% ao ano, contra 18,5% vigentes no mercado financeiro.
O brasileiro Robério Silva, secretário-geral da APPC, diz que a iniciativa é uma prova da seriedade do programa de retenção no país e nega que o dinheiro de financiamento sairá dos cofres públicos, como apontam os críticos do plano. "Não sairá um tostão do governo. O dinheiro vem de um fundo formado a partir de uma taxa paga pelos exportadores de café", argumentou Silva.
O secretário-geral da APPC apresentou também um resumo das iniciativas dos outros 18 países envolvidos no programa de retenção. Em vários países, disse Robério Silva, já existem medidas concretas para reter as exportações, citando exemplos como Colômbia, Vietnã e México.
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