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03/01/2002 - 19h22

Desvalorização argentina terá impacto pequeno no comércio do Brasil

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IVONE PORTES
da Folha Online

Uma forte desvalorização na moeda argentina teria pouco impacto na economia brasileira, pelo menos no curto prazo, avaliam economistas. Com o fim da conversibilidade, especula-se no mercado que o peso poderá ter desvalorização superior a 50%.

Hugo Penteado, economista-chefe da ABN Amro Asset Management, avalia que a pauta de exportações brasileiras para a Argentina é muito pequena, o que reduz os reflexos de uma forte desvalorização do peso na economia brasileira.

Somente em dezembro último, as exportações do Brasil para a Argentina caíram cerca de 50% em relação ao mesmo mês de 2000, segundo informação da secretária de Comércio Exterior, Lytha Spíndola.

Em dezembro de 2000, as exportações do Brasil para a Argentina somaram US$ 560 milhões. No mês passado, esse valor caiu para cerca de US$ 280 milhões, o que representa menos de 7% das exportações brasileiras, que foram de US$ 4,346 bilhões em dezembro último.

"A nossa pauta de exportações tem vantagem em relação a muitos países, porque é bastante diversificada, tanto em parceiros comerciais como em produtos", disse Penteado, acrescentando que a desvalorização na Argentina "é uma incógnita".

"Pode ser muito grande [a desvalorização] porque o país tem uma situação diferente do que a ocorreu com o Brasil. A crença da população argentina no peso é muito menor do que a dos brasileiros no real no período da mudança cambial, em 1999'', disse.

Segundo ele, o tamanho da desvalorização do peso será determinada pela capacidade do governo argentino de reestruturar sua dívida.
 

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