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09/01/2002 - 08h20

Europeus podem complicar ajuda econômica à Argentina

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da Folha Online

Países europeus, como Espanha, França e Itália, contrariados com as medidas do pacote econômico argentino que "pesificaram" as tarifas de serviços públicos concedidos a empresas privadas podem vetar qualquer tipo de ajuda à Argentina pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), de acordo com o jornal 'Ámbito Financiero''.

As decisões tomadas pelo board do FMI sobre eventuais liberações de ajuda a países-membros são conduzidas pelos Estados Unidos e pelos países europeus. Apesar de ainda faltarem algumas semanas para que avancem as negociações entre a instituição financeira internacional e o governo argentino, a forma com que as empresas européias que investiram em serviços públicos privatizados na Argentina serão tratadas deve ser decisiva no andamento do processo de liberação de recursos.

Ministros do G-7 (grupo que reúne os sete países mais industrializados do mundo) mantiveram ontem contatos telefônicos para discutir o caso da Argentina. Nesses entendimentos, teriam chegado ao entendimento de que é prematuro tirar uma conclusão sobre o plano argentino e que, sem dúvida, a primeira reação será tomada pelo FMI. Nos dias 8 e 9 de fevereiro, a crise argentina será tratada novamente em uma reunião de cúpula do G-7, em Ottawa (Canadá).

Assim, caso o governo argentino não assegure um tratamento adequado às empresas estrangeiras que investiram nas privatizações do país, a ajuda financeira dos organismos internacionais pode ficar comprometida com o eventual veto de países como Espanha, França e Itália, principais interessados na economia daquele país devido aos fortes investimentos feitos nos últimos dez anos.

Segundo uma fonte do FMI consultada pelo "Ámbito Financiero", "Washington vê a Argentina como o caso Enron (empresa energética norte-americana que faliu no ano passado): Fizeram mal as coisas e quebraram...É óbvio que há vontade de ajudar, mas, primeiro, (os governantes argentinos) têm de ter um programa que hoje não têm".

O primeiro indicador dos esforços do governo argentino será o Orçamento para 2002, a ser encaminhado em breve ao Congresso. Há dúvidas de que sejam incluídas medidas sérias de cortes de gastos e que se garanta uma arrecadação de impostos mais efetiva. A avaliação é de que as medidas tomadas até agora pelo governo fizeram pouco para melhorar a posição do país frente ao FMI.

Leia mais no especial sobre Argentina
 

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