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10/01/2002
-
13h44
da Folha Online
Um dia após sua posse, em 15 de março de 1990, o ex-presidente brasileiro Fernando Collor de Mello decidiu confiscar os depósitos da população, medida que foi considerada a mais difícil de engolir da história da economia do país.
A então ministra da Fazenda Zélia Cardoso de Mello anunciou 17 medidas de um novo plano econômico, o Plano Collor. Foram confiscados todos os recursos privados em contas correntes e poupanças acima de CR$ 50 mil. A moeda deixou de ser o cruzado para se chamar cruzeiro.
A devolução do dinheiro começou apenas 18 meses depois. Foi feita em 12 parcelas mensais, com juros de 3% mais correção monetária. A idéia era simples: retirar dinheiro da população para segurar as compras e, com isso, conter a hiperinflação, que no final do governo José Sarney ultrapassou 80% ao mês.
No entanto, a medida mostrou-se desastrosa poucos meses depois. Ao confiscar a poupança e a conta corrente, o Plano Collor _que também congelou preços e salários_ estrangulava a economia para sufocar a inflação.
Foi um sacrifício em vão. A inflação, que nos 12 meses anteriores superou 4.800%, despencou num primeiro momento _como era inevitável, já que quase não havia dinheiro em circulação_, mas logo voltou. E, pior, acompanhada da pior recessão da história recente do país.
Além disso, a popularidade de Collor desabou. Pouco mais de dois anos depois, o então presidente era o primeiro da história a sofrer o impeachment.
Leia mais no especial sobre Argentina
Collor confiscou poupança e levou país à recessão em 1990
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Um dia após sua posse, em 15 de março de 1990, o ex-presidente brasileiro Fernando Collor de Mello decidiu confiscar os depósitos da população, medida que foi considerada a mais difícil de engolir da história da economia do país.
A então ministra da Fazenda Zélia Cardoso de Mello anunciou 17 medidas de um novo plano econômico, o Plano Collor. Foram confiscados todos os recursos privados em contas correntes e poupanças acima de CR$ 50 mil. A moeda deixou de ser o cruzado para se chamar cruzeiro.
A devolução do dinheiro começou apenas 18 meses depois. Foi feita em 12 parcelas mensais, com juros de 3% mais correção monetária. A idéia era simples: retirar dinheiro da população para segurar as compras e, com isso, conter a hiperinflação, que no final do governo José Sarney ultrapassou 80% ao mês.
No entanto, a medida mostrou-se desastrosa poucos meses depois. Ao confiscar a poupança e a conta corrente, o Plano Collor _que também congelou preços e salários_ estrangulava a economia para sufocar a inflação.
Foi um sacrifício em vão. A inflação, que nos 12 meses anteriores superou 4.800%, despencou num primeiro momento _como era inevitável, já que quase não havia dinheiro em circulação_, mas logo voltou. E, pior, acompanhada da pior recessão da história recente do país.
Além disso, a popularidade de Collor desabou. Pouco mais de dois anos depois, o então presidente era o primeiro da história a sofrer o impeachment.
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