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10/01/2002
-
19h55
da France Presse, em Roma
O papa João Paulo 2 pediu hoje ao povo argentino que deixe de lado os "interesses privados ou partidários" e promovam "por todos os meios legítimos o interesse da nação".
João Paulo 2 insistiu para que os argentinos recuperem "os valores humanos, o diálogo franco e aberto e renuncie ao supérfluo em favor daqueles que sofrem todo tipo de necessidade" e sugeriu aos políticos que se comportem de maneira "nobre, austera e generosa".
Para o papa, a atual situação da Argentina "não é irreversível e pode ser superada com a colaboração de todos".
Ao se referir à Europa, o Papa denunciou a "marginalização" das religiões na construção de uma Europa unida, qualificando-a de "injustiça e erro de perspectiva", ao mesmo tempo que elogiou a introdução do euro em doze países da União Européia, que definiu como "uma etapa decisiva" para o velho continente.
Referindo-se à Ásia, o sumo pontífice considerou como um sinal positivo a presença da China e Taiwan no seio da Organização Mundial do Comércio.
Em seu discurso, o Papa defendeu claramente o direito do povo palestino a uma terra, "uma injustiça da qual é vítima há mais de cinquenta anos" e reconheceu "o direito do povo israelense a viver em segurança".
"As armas e os atentados sangrentos nunca serão instrumentos adequados para fazer chegar mensagens políticas aos interlocutores. A lógica da lei do talião tampouco é adequada para preparar os processos de paz", acrescentou.
Para o chefe da igreja católica, "só o respeito ao outro e suas legítimas aspirações, a aplicação do direito internacional, a evacuação dos territórios ocupados e um estatuto especial garantido internacionalmente para os lugares mais sagrados de Jerusalém" poderiam romper o "ciclo infernal de ódio e vingança" no Oriente Médio.
O papa, que também advertiu sobre os perigos de "um mal se acrescentar a outro mal, da violência à violência" na luta contra o terrorismo no Afeganistão, pediu que se estimule o novo governo desse país em seus esforços de "pacificação".
Igualmente convidou os dirigentes políticos da Índia e Paquistão a darem "prioridade absoluta ao diálogo e à negociação" ante as tensões que enfrentam hoje os dois países.
Ao falar da América Latina, "da qual nos sentimos sempre tão próximos", o papa voltou a denunciar as desigualdades sociais e a corrupção, como os grandes males do continente mais católico da Terra, afetado também "pela violência e pelo tráfico de drogas".
"Em alguns países deste grande continente, a persistência de desigualdades sociais, o tráfico de drogas, e os fenômenos de corrupção e violência armada podem pôr em perigo as bases da democracia e desacreditar a classe política", afirmou.
Papa cobra de políticos argentinos comportamento "austero e generoso"
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O papa João Paulo 2 pediu hoje ao povo argentino que deixe de lado os "interesses privados ou partidários" e promovam "por todos os meios legítimos o interesse da nação".
João Paulo 2 insistiu para que os argentinos recuperem "os valores humanos, o diálogo franco e aberto e renuncie ao supérfluo em favor daqueles que sofrem todo tipo de necessidade" e sugeriu aos políticos que se comportem de maneira "nobre, austera e generosa".
Para o papa, a atual situação da Argentina "não é irreversível e pode ser superada com a colaboração de todos".
Ao se referir à Europa, o Papa denunciou a "marginalização" das religiões na construção de uma Europa unida, qualificando-a de "injustiça e erro de perspectiva", ao mesmo tempo que elogiou a introdução do euro em doze países da União Européia, que definiu como "uma etapa decisiva" para o velho continente.
Referindo-se à Ásia, o sumo pontífice considerou como um sinal positivo a presença da China e Taiwan no seio da Organização Mundial do Comércio.
Em seu discurso, o Papa defendeu claramente o direito do povo palestino a uma terra, "uma injustiça da qual é vítima há mais de cinquenta anos" e reconheceu "o direito do povo israelense a viver em segurança".
"As armas e os atentados sangrentos nunca serão instrumentos adequados para fazer chegar mensagens políticas aos interlocutores. A lógica da lei do talião tampouco é adequada para preparar os processos de paz", acrescentou.
Para o chefe da igreja católica, "só o respeito ao outro e suas legítimas aspirações, a aplicação do direito internacional, a evacuação dos territórios ocupados e um estatuto especial garantido internacionalmente para os lugares mais sagrados de Jerusalém" poderiam romper o "ciclo infernal de ódio e vingança" no Oriente Médio.
O papa, que também advertiu sobre os perigos de "um mal se acrescentar a outro mal, da violência à violência" na luta contra o terrorismo no Afeganistão, pediu que se estimule o novo governo desse país em seus esforços de "pacificação".
Igualmente convidou os dirigentes políticos da Índia e Paquistão a darem "prioridade absoluta ao diálogo e à negociação" ante as tensões que enfrentam hoje os dois países.
Ao falar da América Latina, "da qual nos sentimos sempre tão próximos", o papa voltou a denunciar as desigualdades sociais e a corrupção, como os grandes males do continente mais católico da Terra, afetado também "pela violência e pelo tráfico de drogas".
"Em alguns países deste grande continente, a persistência de desigualdades sociais, o tráfico de drogas, e os fenômenos de corrupção e violência armada podem pôr em perigo as bases da democracia e desacreditar a classe política", afirmou.
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