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16/06/2000
-
19h41
da Folha de S. Paulo
em Brasília
As grandes empresas estão mais propensas a demitir trabalhadores neste ano do que a contratar, mas acenam com reajustes de salários para aqueles que conseguirem manter o emprego, segundo pesquisa do Banco Central.
Foram ouvidas 62 empresas no mês passado, 72% das quais com mais de mil funcionários. A maior parcela (36,4%) planeja operar com menos trabalhadores em 2000, enquanto 29,1% devem ampliar a força de trabalho. As demais tendem a manter o número de empregados.
O mesmo levantamento mostra que as empresas esperam pagar salários maiores para seus empregados. Na média, a expectativa é o aumento de 4,4% nos rendimentos dos funcionários.
Mas o reajuste de salários não significa, necessariamente, que todos os trabalhadores vão ter aumentos reais. Apenas 40% apontam a possibilidade de pagar aumento de pelo menos 7,5%, percentual acima da inflação provável para este ano.
Além disso, as empresas só estão acenando com reajustes de salários de 4,4% porque esperam que o preço de seus produtos suba mais que isso. Na média, o aumento dos preços projetado é de 5,77% para 2000.
Corte
Para o coordenador da pesquisa, Gustavo Bussinger, a combinação de corte de pessoal com reajustes de salários é um sinal de que as empresas continuam a busca por ganho de produtividade _ou seja, maior produção por trabalhador.
"A tendência é a contratação de trabalhadores especializados, que ganham melhor, e a redução da folha de pagamento", disse ele.
Para apoiar essa tese, Bussinger cita dados da pesquisa que revelam não só expansão dos investimentos, mas também a intenção de aplicar somas consideráveis em novas tecnologias, que garantem ganho de produtividade.
Segundo o levantamento, 74,3% das empresas afirmam que pretendem aumentar os investimentos neste ano em relação a 1999. Mais de um terço das companhias planeja empregar pelos menos 20% de seus investimentos em novas tecnologias.
Leia também:
94% das empresas esperam faturar mais este ano
Empresários acreditam em carga tributária maior este ano
Clique aqui para ler mais sobre economia na Folha Online
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Empresas vão demitir mais do que contratar, diz pesquisa do BC
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em Brasília
As grandes empresas estão mais propensas a demitir trabalhadores neste ano do que a contratar, mas acenam com reajustes de salários para aqueles que conseguirem manter o emprego, segundo pesquisa do Banco Central.
Foram ouvidas 62 empresas no mês passado, 72% das quais com mais de mil funcionários. A maior parcela (36,4%) planeja operar com menos trabalhadores em 2000, enquanto 29,1% devem ampliar a força de trabalho. As demais tendem a manter o número de empregados.
O mesmo levantamento mostra que as empresas esperam pagar salários maiores para seus empregados. Na média, a expectativa é o aumento de 4,4% nos rendimentos dos funcionários.
Mas o reajuste de salários não significa, necessariamente, que todos os trabalhadores vão ter aumentos reais. Apenas 40% apontam a possibilidade de pagar aumento de pelo menos 7,5%, percentual acima da inflação provável para este ano.
Além disso, as empresas só estão acenando com reajustes de salários de 4,4% porque esperam que o preço de seus produtos suba mais que isso. Na média, o aumento dos preços projetado é de 5,77% para 2000.
Corte
Para o coordenador da pesquisa, Gustavo Bussinger, a combinação de corte de pessoal com reajustes de salários é um sinal de que as empresas continuam a busca por ganho de produtividade _ou seja, maior produção por trabalhador.
"A tendência é a contratação de trabalhadores especializados, que ganham melhor, e a redução da folha de pagamento", disse ele.
Para apoiar essa tese, Bussinger cita dados da pesquisa que revelam não só expansão dos investimentos, mas também a intenção de aplicar somas consideráveis em novas tecnologias, que garantem ganho de produtividade.
Segundo o levantamento, 74,3% das empresas afirmam que pretendem aumentar os investimentos neste ano em relação a 1999. Mais de um terço das companhias planeja empregar pelos menos 20% de seus investimentos em novas tecnologias.
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