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24/01/2002
-
21h46
da Folha de S.Paulo
David Duncan, ex-auditor da consultoria Arthur Andersen e responsável pelas contas da Enron até o começo do ano, negou-se hoje a testemunhar perante a subcomissão do Congresso que investiga a bancarrota da empresa. Duncan foi demitido da Andersen depois de ter confessado que destruiu arquivos da companhia de energia.
O auditor invocou a Quinta Emenda da Constituição norte-americana para não prestar o testemunho. A emenda, entre outras coisas, defende suspeitos de terem cometido crimes contra a auto-incriminação.
O silêncio ocorreu porque antigos colegas, alguns entre os principais executivos da Andersen, colocaram nele toda a culpa pela destruição dos documentos.
"A Enron roubou o banco, a Arthur Andersen providenciou o carro para a fuga e estão falando que você estava no volante", disse o republicano Jim Greenwood, presidente da subcomissão que investiga o caso, na abertura da sessão.
Mas, quando o congressista iniciaria o interrogatório, indagando se Duncan recebeu ordens para destruir arquivos e "subverter investigações do governo", o auditor invocou o direito constitucional de permanecer calado.
O auditor invocou a Quinta Emenda duas vezes, dizendo: "Respeitosamente, essa será minha resposta para todas as suas questões". A testemunha acabou sendo dispensada.
Na sequência, Dorsey Baskin Jr., diretor de recursos humanos da
Andersen, disse que Duncan comandou a eliminação de vários documentos. "Não estamos orgulhosos disso", afirmou.
Sob pressão de credores, o presidente da Enron, Kenneth Lay, 59, deixou o cargo. A companhia norte-americana de energia era uma das dez maiores empresas do país antes da concordata.
Lay, que dirigia a empresa desde 1986, disse que pediu demissão para cooperar com as investigações. Afirmou ainda que, afastado da direção, terá mais tempo para se dedicar à defesa da empresa.
"Quero que a Enron sobreviva, e, para isso, é preciso que haja alguém 100% focado no esforço de reorganizar a companhia e preservá-la para nossos credores e funcionários", disse o executivo.
Auditor se recusa a depor sobre caso Enron
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David Duncan, ex-auditor da consultoria Arthur Andersen e responsável pelas contas da Enron até o começo do ano, negou-se hoje a testemunhar perante a subcomissão do Congresso que investiga a bancarrota da empresa. Duncan foi demitido da Andersen depois de ter confessado que destruiu arquivos da companhia de energia.
O auditor invocou a Quinta Emenda da Constituição norte-americana para não prestar o testemunho. A emenda, entre outras coisas, defende suspeitos de terem cometido crimes contra a auto-incriminação.
O silêncio ocorreu porque antigos colegas, alguns entre os principais executivos da Andersen, colocaram nele toda a culpa pela destruição dos documentos.
"A Enron roubou o banco, a Arthur Andersen providenciou o carro para a fuga e estão falando que você estava no volante", disse o republicano Jim Greenwood, presidente da subcomissão que investiga o caso, na abertura da sessão.
Mas, quando o congressista iniciaria o interrogatório, indagando se Duncan recebeu ordens para destruir arquivos e "subverter investigações do governo", o auditor invocou o direito constitucional de permanecer calado.
O auditor invocou a Quinta Emenda duas vezes, dizendo: "Respeitosamente, essa será minha resposta para todas as suas questões". A testemunha acabou sendo dispensada.
Na sequência, Dorsey Baskin Jr., diretor de recursos humanos da
Andersen, disse que Duncan comandou a eliminação de vários documentos. "Não estamos orgulhosos disso", afirmou.
Sob pressão de credores, o presidente da Enron, Kenneth Lay, 59, deixou o cargo. A companhia norte-americana de energia era uma das dez maiores empresas do país antes da concordata.
Lay, que dirigia a empresa desde 1986, disse que pediu demissão para cooperar com as investigações. Afirmou ainda que, afastado da direção, terá mais tempo para se dedicar à defesa da empresa.
"Quero que a Enron sobreviva, e, para isso, é preciso que haja alguém 100% focado no esforço de reorganizar a companhia e preservá-la para nossos credores e funcionários", disse o executivo.
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