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02/02/2002 - 07h00

Venda de carro recua ao nível dos anos 60 na Argentina

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da Folha de S.Paulo

No seu primeiro mês de governo, o presidente Eduardo Duhalde teve de encarar uma forte queda na arrecadação de impostos. Em janeiro, entraram nos cofres públicos aproximadamente 24% menos em impostos que o registrado no mesmo período do ano passado.

O agravamento da estagnação da economia após a implementação do curralzinho derrubou o consumo e, consequentemente, a arrecadação de impostos.

A venda de veículos ilustra a drástica queda na atividade econômica do país.

O resultado das vendas de carros novos em janeiro, que não superou 3.000 unidades, equivale aos números do setor na década de 60. No mesmo período em 2001, foram vendidas 19 mil unidades.

A arrecadação tributária de janeiro ficou em aproximadamente 3,2 bilhões de pesos. O governo vai apresentar os números finais apenas na próxima semana.

Em dezembro, quando começou a vigorar o curralzinho, a queda foi percentualmente superior à do mês passado. Naquele mês, o recuo foi de 28,3%, o pior resultado em 11 anos.

Dados da Fedecámaras mostram que 25 mil pontos comerciais fecharam suas portas na Argentina no último mês.

A Câmara Argentina de Comércio afirma que, devido ao curralzinho, 85% do pequeno comércio do país teve queda nos negócios no mês passado.

Orçamento
Com menos recursos em seus cofres, o governo tem encontrado fortes dificuldades para fechar os números do Orçamento deste ano. Como o governo quase já não tem onde cortar gastos, a opção é de trabalhar o Orçamento com a projeção de déficit, que deve ficar em 3 bilhões de pesos.

O aumento da arrecadação do imposto do cheque (uma versão da CPMF brasileira) no mês passado ajudou a fazer com que o resultado fosse menos negativo.

Após a decretação do bloqueio das contas bancárias, os argentinos passaram a utilizar mais cheques. Essa é uma das poucas formas de terem acesso a seus recursos que foram bloqueados.

A média diária da arrecadação com o imposto do cheque em janeiro foi de 16,2 milhões de pesos. Em dezembro, a média foi de 15,7 milhões.

O IVA (Imposto sobre Valor Agregado), que incide em quase todos os produtos que circulam no país, um dos tributos mais importantes para o resultado final da arrecadação do governo, recuou 37% no mês passado.
(FABRICIO VIEIRA)
 

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