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13/02/2002
-
10h21
MARCELO BILLI
da Folha de S.Paulo
Os consumidores perderam o medo da internet e passaram a comprar e a gastar mais na rede. Depois de testar as lojas virtuais por quase um ano, a maioria dos consumidores se diz satisfeita com os serviços de entrega. Assim, a média das compras pulou de R$ 150 no final de 2000 para R$ 300 em dezembro de 2001.
Os livros e CDs ainda são os produtos mais vendidos, em volume. Mas os aparelhos eletroeletrônicos e os produtos de informática já respondem pela maior parte (60%) da receita do Submarino.
''As pessoas estão mais confiantes e, portanto, aumentam o valor das compras'', diz Murillo Tavares, presidente da loja virtual. No site dirigido pelo executivo, o valor médio das compras subiu de R$ 50 no início de 2000 para R$ 139 no final do ano passado.
A estimativa dos Correios, que entregam cerca de 70% das encomendas feitas pela rede, é que o valor médio das compras tenha saltado de R$ 150 em 2000 para R$ 300 no final do ano passado.
O mercado triplicou em 2001. A Boston Consulting estima que o varejo on-line tenha movimentado cerca de US$ 900 milhões em 2001, contra US$ 300 milhões do ano anterior.
Segundo a consultoria, as vendas de carros (aumento de 396%), viagens (160%) e produtos eletrônicos (76%) estão no grupo de transações que mais cresceram.
O aumento dessas operações explica a alta do valor médio das vendas. Menos desconfiado, o consumidor aceita comprar itens de maior valor, e livros e CDs vão perdendo a primazia na rede.
Quem compra nas lojas virtuais também parece satisfeito. Pesquisa da e-bit, empresa especializada em pesquisas sobre comércio eletrônico, mostrava, em setembro do ano passado, que mais de 83% das pessoas que compravam on-line se declaravam satisfeitas com o serviço das lojas.
Uma parte importante dos consumidores, no entanto, ainda tem receio de comprar pela rede. A segurança dos sites, afirmam os especialistas, ainda é a principal preocupação da maioria dos internautas.
Os consumidores veteranos são os grandes responsáveis pelo aumento nas vendas. ''A evolução das vendas em janeiro mostra que o setor está atingindo certa maturidade'', diz Everton Cabral Machado, gerente do programa de encomendas dos Correios.
Para Machado, as lojas terão agora que partir para a ofensiva, conquistando os clientes que ainda não se arriscam a comprar pela rede. ''Se tivermos um desafio para 2002, ele será mostrar para essas pessoas que existe um jeito diferente de comprar.''
A despeito do crescimento significativo do setor -no Natal de 2000 o volume de entregas das lojas era insignificante e em 2001 foram feitas 265 mil entregas-, não há espaço para muitas empresas. Resiste quem tem grande volume de vendas ou quem usa a internet apenas como um canal de vendas a mais.
Confiança na rede faz internauta dobrar valor das compras em 2001
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da Folha de S.Paulo
Os consumidores perderam o medo da internet e passaram a comprar e a gastar mais na rede. Depois de testar as lojas virtuais por quase um ano, a maioria dos consumidores se diz satisfeita com os serviços de entrega. Assim, a média das compras pulou de R$ 150 no final de 2000 para R$ 300 em dezembro de 2001.
Os livros e CDs ainda são os produtos mais vendidos, em volume. Mas os aparelhos eletroeletrônicos e os produtos de informática já respondem pela maior parte (60%) da receita do Submarino.
''As pessoas estão mais confiantes e, portanto, aumentam o valor das compras'', diz Murillo Tavares, presidente da loja virtual. No site dirigido pelo executivo, o valor médio das compras subiu de R$ 50 no início de 2000 para R$ 139 no final do ano passado.
A estimativa dos Correios, que entregam cerca de 70% das encomendas feitas pela rede, é que o valor médio das compras tenha saltado de R$ 150 em 2000 para R$ 300 no final do ano passado.
O mercado triplicou em 2001. A Boston Consulting estima que o varejo on-line tenha movimentado cerca de US$ 900 milhões em 2001, contra US$ 300 milhões do ano anterior.
Segundo a consultoria, as vendas de carros (aumento de 396%), viagens (160%) e produtos eletrônicos (76%) estão no grupo de transações que mais cresceram.
O aumento dessas operações explica a alta do valor médio das vendas. Menos desconfiado, o consumidor aceita comprar itens de maior valor, e livros e CDs vão perdendo a primazia na rede.
Quem compra nas lojas virtuais também parece satisfeito. Pesquisa da e-bit, empresa especializada em pesquisas sobre comércio eletrônico, mostrava, em setembro do ano passado, que mais de 83% das pessoas que compravam on-line se declaravam satisfeitas com o serviço das lojas.
Uma parte importante dos consumidores, no entanto, ainda tem receio de comprar pela rede. A segurança dos sites, afirmam os especialistas, ainda é a principal preocupação da maioria dos internautas.
Os consumidores veteranos são os grandes responsáveis pelo aumento nas vendas. ''A evolução das vendas em janeiro mostra que o setor está atingindo certa maturidade'', diz Everton Cabral Machado, gerente do programa de encomendas dos Correios.
Para Machado, as lojas terão agora que partir para a ofensiva, conquistando os clientes que ainda não se arriscam a comprar pela rede. ''Se tivermos um desafio para 2002, ele será mostrar para essas pessoas que existe um jeito diferente de comprar.''
A despeito do crescimento significativo do setor -no Natal de 2000 o volume de entregas das lojas era insignificante e em 2001 foram feitas 265 mil entregas-, não há espaço para muitas empresas. Resiste quem tem grande volume de vendas ou quem usa a internet apenas como um canal de vendas a mais.
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