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16/02/2002
-
14h38
da Reuters, em Nova York
O escritório de advocacia norte-americano Glancy & Binkow está processando o segundo maior banco dos Estados Unidos, o JP Morgan, por não ter revelado o valor total de empréstimos concedidos à gigante da energia Enron, que apresentou em dezembro o maior pedido de falência da história dos Estados Unidos.
Segundo o escritório de advocacia, o JP Morgan divulgou várias vezes que tinha créditos de US$ 900 milhões com a Enron, mas depois comunicou que o valor total chegava a US$ 2,6 bilhões.
Para os advogados da Glancy & Binkow, o banco conseguiu, assim, elevar artificialmente os preços das ações durante certo período. O processo, que o J.P.Morgan considerou sem fundamento, pode beneficiar todos os investidores que compraram ações do banco entre 28 de novembro de 2001 e 28 de janeiro de 2002.
Cartas reveladoras
Correspondência entre o ex-presidente do Conselho de Administração da Enron, Ken Lay, e o então governador do Estado do Texas, George W. Bush, divulgada ontem, revela que a empresa da energia solicitava com frequência ajuda do atual presidente dos Estados Unidos para projetos e questões regulatórias.
''Quero agradecê-lo pela ajuda em achar um meio termo no debate sobre a reestruturação do setor elétrico no Texas'', afirmou Lay em uma carta dirigida a Bush em 5 de junho de 1997. ''Claro que gostaríamos de ter conseguido mais, mas sejamos realistas, o assunto não teria avançado tanto sem a sua ajuda e, por isso, a Enron é muito grata''.
Os documentos foram divulgados para empresas jornalísticas e organizações que fizeram pedidos com base no direito à informação. A organização Public Citizen (Cidadão Público), que cedeu cópias dos documentos à Reuters, informou que novas cartas serão reveladas na próxima semana.
No Brasil, a Enron tem participação na distribuidora de energia paulista Elektro, nas distribuidoras de gás CEG e CEG-Rio, nas termelétricas Cuiabá e Eletrobolt, na Gaspart e no gasoduto Brasil-Bolívia.
Empresa de advocacia processa banco JP Morgan no caso Enron
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O escritório de advocacia norte-americano Glancy & Binkow está processando o segundo maior banco dos Estados Unidos, o JP Morgan, por não ter revelado o valor total de empréstimos concedidos à gigante da energia Enron, que apresentou em dezembro o maior pedido de falência da história dos Estados Unidos.
Segundo o escritório de advocacia, o JP Morgan divulgou várias vezes que tinha créditos de US$ 900 milhões com a Enron, mas depois comunicou que o valor total chegava a US$ 2,6 bilhões.
Para os advogados da Glancy & Binkow, o banco conseguiu, assim, elevar artificialmente os preços das ações durante certo período. O processo, que o J.P.Morgan considerou sem fundamento, pode beneficiar todos os investidores que compraram ações do banco entre 28 de novembro de 2001 e 28 de janeiro de 2002.
Cartas reveladoras
Correspondência entre o ex-presidente do Conselho de Administração da Enron, Ken Lay, e o então governador do Estado do Texas, George W. Bush, divulgada ontem, revela que a empresa da energia solicitava com frequência ajuda do atual presidente dos Estados Unidos para projetos e questões regulatórias.
''Quero agradecê-lo pela ajuda em achar um meio termo no debate sobre a reestruturação do setor elétrico no Texas'', afirmou Lay em uma carta dirigida a Bush em 5 de junho de 1997. ''Claro que gostaríamos de ter conseguido mais, mas sejamos realistas, o assunto não teria avançado tanto sem a sua ajuda e, por isso, a Enron é muito grata''.
Os documentos foram divulgados para empresas jornalísticas e organizações que fizeram pedidos com base no direito à informação. A organização Public Citizen (Cidadão Público), que cedeu cópias dos documentos à Reuters, informou que novas cartas serão reveladas na próxima semana.
No Brasil, a Enron tem participação na distribuidora de energia paulista Elektro, nas distribuidoras de gás CEG e CEG-Rio, nas termelétricas Cuiabá e Eletrobolt, na Gaspart e no gasoduto Brasil-Bolívia.
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