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17/02/2002 - 08h39

Faturamento do varejo aumenta 2,78%

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ADRIANA MATTOS
da Folha de S.Paulo

O varejo ensaiou uma retomada nas vendas em janeiro: houve crescimento de 2,78% no faturamento real em relação a dezembro. O número foi obtido pela Folha e será anunciado oficialmente amanhã pela Fecomércio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo). Em comparação a janeiro de 2001, entretanto, foi constatada uma queda de 5,68%.

Esse resultado negativo em relação ao ano passado já era esperado e não causa tanta preocupação. Na virada de 2000 para 2001, as vendas não se desaceleraram e o comércio vendeu à vontade. Por isso, em 2002, na comparação com o ano passado, o mercado já aguardava um desempenho pior. Com base no levantamento já é possível saber quem começou o ano com o pé direito. Por apresentar uma expansão de 9% no faturamento real em janeiro, o comércio de bens duráveis despontou no início de 2002. No caso das vendas físicas, a expansão foi maior: 14,54%. Há uma diferença entre esses dois indicadores.

O faturamento real reflete o aumento no volume de recursos que entrou no caixa das lojas por conta do crescimento na comercialização. No resultado, já está descontado o efeito inflacionário. As vendas físicas, por sua vez, são um reflexo do total de unidades de produtos vendidas no período.

Os economistas lembram que esse desempenho positivo no setor de bens duráveis só foi constatado sete meses após o anúncio do racionamento de energia -que derrubou a vendas desses itens em mais de 20%. No caso dos televisores, por exemplo, a redução foi maior, 41%.

Logo, essa leve recuperação em janeiro ainda não consegue inverter a série de resultados ruins que o segmento registrou no segundo semestre, dizem os economistas.

Efeito das promoções
O resultado positivo do varejo no primeiro mês do ano não parece, porém, convencer a diretoria da entidade. Ele seria reflexo, basicamente, das promoções e liquidações realizadas pelas lojas.

"Crescemos em comparação com dezembro, mas janeiro foi muito ruim em relação ao ano passado", disse Abram Szajman, presidente da Fecomércio.
Entretanto, quando ocorre queima de estoque, os preços dos produtos caem, o que tende a pressionar a receita final do mês. Mas em janeiro aconteceram promoções e o faturamento do varejo não caiu, mas subiu (2,78%).

A própria Fecomércio explica: "A queda nos preços não foi tão fortes nas liquidações a ponto de reduzir a receita", diz Szajman.

Na corda bamba
O comércio automotivo amargou um dos piores resultados no período: houve queda de quase 25% no faturamento em relação a janeiro de 2001.

A retração já estava sendo calculada pelas revendas. O início do ano não promete muito para o setor, especialmente após meses consecutivos de promoções agressivas, com ofertas para venda de carros com juro zero.

Os fabricantes de roupas e calçados também podem reclamar, pois apresentaram desempenhos pífios. A queda no faturamento real dos segmentos foi elevada: 60,1% sobre dezembro e 22,1% em relação a janeiro de 2001.
 

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