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18/02/2002
-
16h04
da France Presse, em Londres
O temor dos investidores com a possibilidade de manipulação contábil em empresas, agravado após o escândalo da Enron, surtiu um forte efeito no número de fusões. As companhias passaram a desconfiar antes de adquirir empresas cuja saúde pode ser menos impecável do que suas contas oficiais demonstram.
A falência do gigante energético Enron é a responsável por esse medo das empresas que planejavam comprar outras sociedades, segundo os especialistas.
O número de fusões diminuiu sensivelmente depois dos atentados de 11 de setembro, que acentuaram a desaceleração do crescimento econômico mundial. Mas a falência da Enron reforçou ainda mais esta tendência.
O número de fusões e compras anunciadas em janeiro no mundo foi de apenas 1.734, comparado com os 1.838 em dezembro e os 2.774 em janeiro de 2001, segundo cifras fornecidas pela Thomson Financial.
O valor total dessas operações chegou a US$ 73,6 bilhões, um recuo de 41% em relação a dezembro.
Esta tendência em baixa deve continuar durante os próximos meses, segundo os especialistas, o que preocupa os bancos de investimentos.
''Não há muitos banqueiros que esperam acordos durante a primeira metade do ano'', declarou à Neil Sen, co-diretor da publicação Acquisitions Monthly.
''Isto paralisa as operações. De acordo com os parâmetros usados, este mês de janeiro foi o pior dos cinco ou dez últimos anos'', acrescentou.
''O caso Enron é outro 11 de setembro, porque, evidentemente, infunde medo a todos os bancos. Isto provoca a mesma incerteza e o acesso ao crédito se torna mais difícil''.
Desde a falência da Enron, as empresas do setor de energia descartam as fusões, apesar de uma baixa de suas ações, assinala Jos Shaver, diretor financeiro da SG Barr Devlin.
''Não se tem confiança nas cifras. Existe uma incerteza que pode fazer com que as pessoas sejam mais prudentes'', acrescenta.
Mas os especialistas assinalam que sempre houve uma boa parte de risco nas operações de fusão.
O caso Enron torna particularmente crucial a busca por informação sobre um alvo ou sócio potencial.
''O objetivo é fazer aparecer o máximo possível os riscos e, se isso não for possível, integrar ao contrato cláusulas de proteção contra uma aparição posterior destes riscos'', resume Duncan Angwin, da Universidade de Warwick.
Crise da Enron diminui o número de fusões de empresas
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O temor dos investidores com a possibilidade de manipulação contábil em empresas, agravado após o escândalo da Enron, surtiu um forte efeito no número de fusões. As companhias passaram a desconfiar antes de adquirir empresas cuja saúde pode ser menos impecável do que suas contas oficiais demonstram.
A falência do gigante energético Enron é a responsável por esse medo das empresas que planejavam comprar outras sociedades, segundo os especialistas.
O número de fusões diminuiu sensivelmente depois dos atentados de 11 de setembro, que acentuaram a desaceleração do crescimento econômico mundial. Mas a falência da Enron reforçou ainda mais esta tendência.
O número de fusões e compras anunciadas em janeiro no mundo foi de apenas 1.734, comparado com os 1.838 em dezembro e os 2.774 em janeiro de 2001, segundo cifras fornecidas pela Thomson Financial.
O valor total dessas operações chegou a US$ 73,6 bilhões, um recuo de 41% em relação a dezembro.
Esta tendência em baixa deve continuar durante os próximos meses, segundo os especialistas, o que preocupa os bancos de investimentos.
''Não há muitos banqueiros que esperam acordos durante a primeira metade do ano'', declarou à Neil Sen, co-diretor da publicação Acquisitions Monthly.
''Isto paralisa as operações. De acordo com os parâmetros usados, este mês de janeiro foi o pior dos cinco ou dez últimos anos'', acrescentou.
''O caso Enron é outro 11 de setembro, porque, evidentemente, infunde medo a todos os bancos. Isto provoca a mesma incerteza e o acesso ao crédito se torna mais difícil''.
Desde a falência da Enron, as empresas do setor de energia descartam as fusões, apesar de uma baixa de suas ações, assinala Jos Shaver, diretor financeiro da SG Barr Devlin.
''Não se tem confiança nas cifras. Existe uma incerteza que pode fazer com que as pessoas sejam mais prudentes'', acrescenta.
Mas os especialistas assinalam que sempre houve uma boa parte de risco nas operações de fusão.
O caso Enron torna particularmente crucial a busca por informação sobre um alvo ou sócio potencial.
''O objetivo é fazer aparecer o máximo possível os riscos e, se isso não for possível, integrar ao contrato cláusulas de proteção contra uma aparição posterior destes riscos'', resume Duncan Angwin, da Universidade de Warwick.
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