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27/02/2002
-
14h19
da Agência Lusa, em Bruxelas
O comissário europeu de comércio, Pascal Lamy, estará na próxima sexta-feira em Buenos Aires, quando deverá anunciar a lista de produtos que terá temporariamente acesso sob bases preferenciais ao mercado europeu.
Fontes do Executivo da União Européia anunciaram que ''alguma concessão será feita, mas não cobrirá toda a demanda, composta de 43 itens''. O governo argentino apresentou à Comissão de Comércio, há poucos dias, o pedido incluindo produtos como, por exemplo, carne bovina, mel, aço e cítricos.
Os argentinos querem um tratamento especial de acesso à mercado, alegando como justificativa a crise econômica que o país atravessa.
Fontes comunitárias também afirmaram que outro tema a ser tratado em Buenos Aires é a questão da não discriminação e clareza de tratamento aos investimentos europeus na Argentina.
Os europeus alegam que depois que o presidente argentino, Eduardo Duhalde, assumiu o poder, em meio às manifestações estrondosas dos panelaços, alguns setores, como bancos e serviços, energia e telecomunicações arcaram com prejuízos multimilionários, sobretudo investimentos espanhóis e franceses.
''Estamos atentos ao problema argentino e temos vontade política de ajudá-los, mas também temos que cuidar de nossos interesses'', afirmou a mesma fonte comunitária. Em relação à carne bovina, os argentinos querem recuperar, por exemplo, as cerca de 25 mil toneladas que deixaram de vender entre 13 de março do ano passado e 1º de fevereiro deste ano, quando a UE suspendeu o embargo à carne fresca, até então proibida em consequência da crise da febre aftosa sofrida naquela região.
Hoje, fontes comunitárias deram a entender que a carne bovina será incluída na lista. Disseram que Lamy esteve com o comissário europeu de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, Franz Fischler, para acertar os últimos detalhes, antes de seu embarque à América Latina esta noite.
A viagem de Lamy a Buenos Aires coincide com o anúncio feito pelo governo norte-americano, na última sexta-feira, da criação do Conselho Bilateral de Comércio e Inversão com a Argentina.
Este conselho irá analisar o pedido feito pelo governo argentino há 15 dias, em reunião em Washington, de suspensão de barreiras para pelo menos seis setores aos quais os Estados Unidos aplicam subsídios, cotas e tarifas, aos produtos realmente competitivos, tais como aço, lácteos, carne, cítricos, madeira e mel.
Existe uma previsão de que, em um ano, a Argentina poderá exportar US$ 1 bilhão a mais, somente ao mercado norte-americano.
Ao saber da decisão do governo norte-americano, o secretário argentino de Relações Econômicas Internacionais, Martin Redrado, declarou sua surpresa com a velocidade com que a decisão norte- americana foi tomada.
A decisão do governo Bush de criar o Conselho Bilateral só tem dois precedentes na América Latina: México, antes de sua entrada no Nafta (Acordo de Livre Comércio entre os países da América do Norte) e Chile, que deve assinar em um futuro próximo o Acordo de Livre Comércio das Américas (Alca) com os Estados Unidos.
Leia mais no especial sobre Argentina
Produtos argentinos terão acesso preferencial ao mercado europeu
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O comissário europeu de comércio, Pascal Lamy, estará na próxima sexta-feira em Buenos Aires, quando deverá anunciar a lista de produtos que terá temporariamente acesso sob bases preferenciais ao mercado europeu.
Fontes do Executivo da União Européia anunciaram que ''alguma concessão será feita, mas não cobrirá toda a demanda, composta de 43 itens''. O governo argentino apresentou à Comissão de Comércio, há poucos dias, o pedido incluindo produtos como, por exemplo, carne bovina, mel, aço e cítricos.
Os argentinos querem um tratamento especial de acesso à mercado, alegando como justificativa a crise econômica que o país atravessa.
Fontes comunitárias também afirmaram que outro tema a ser tratado em Buenos Aires é a questão da não discriminação e clareza de tratamento aos investimentos europeus na Argentina.
Os europeus alegam que depois que o presidente argentino, Eduardo Duhalde, assumiu o poder, em meio às manifestações estrondosas dos panelaços, alguns setores, como bancos e serviços, energia e telecomunicações arcaram com prejuízos multimilionários, sobretudo investimentos espanhóis e franceses.
''Estamos atentos ao problema argentino e temos vontade política de ajudá-los, mas também temos que cuidar de nossos interesses'', afirmou a mesma fonte comunitária. Em relação à carne bovina, os argentinos querem recuperar, por exemplo, as cerca de 25 mil toneladas que deixaram de vender entre 13 de março do ano passado e 1º de fevereiro deste ano, quando a UE suspendeu o embargo à carne fresca, até então proibida em consequência da crise da febre aftosa sofrida naquela região.
Hoje, fontes comunitárias deram a entender que a carne bovina será incluída na lista. Disseram que Lamy esteve com o comissário europeu de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, Franz Fischler, para acertar os últimos detalhes, antes de seu embarque à América Latina esta noite.
A viagem de Lamy a Buenos Aires coincide com o anúncio feito pelo governo norte-americano, na última sexta-feira, da criação do Conselho Bilateral de Comércio e Inversão com a Argentina.
Este conselho irá analisar o pedido feito pelo governo argentino há 15 dias, em reunião em Washington, de suspensão de barreiras para pelo menos seis setores aos quais os Estados Unidos aplicam subsídios, cotas e tarifas, aos produtos realmente competitivos, tais como aço, lácteos, carne, cítricos, madeira e mel.
Existe uma previsão de que, em um ano, a Argentina poderá exportar US$ 1 bilhão a mais, somente ao mercado norte-americano.
Ao saber da decisão do governo norte-americano, o secretário argentino de Relações Econômicas Internacionais, Martin Redrado, declarou sua surpresa com a velocidade com que a decisão norte- americana foi tomada.
A decisão do governo Bush de criar o Conselho Bilateral só tem dois precedentes na América Latina: México, antes de sua entrada no Nafta (Acordo de Livre Comércio entre os países da América do Norte) e Chile, que deve assinar em um futuro próximo o Acordo de Livre Comércio das Américas (Alca) com os Estados Unidos.
Leia mais no especial sobre Argentina
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