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04/03/2002
-
22h31
da Folha Online
O governo argentino aplicará um novo pacote econômico, com a emissão de bônus e o aumento de impostos para equilibrar as contas e financiar os subsídios sociais, revelou nesta segunda-feira o ministro da Economia, Jorge Remes Lenicov.
O pacote traz de volta os impostos sobre exportações de produtos primários (taxa de 10%) e manufaturados (5%), ambos eliminados nos anos 90, mas de forma "transitória e para fortalecer os programas sociais", disse Lenicov.
Pelo novo pacote, a Argentina oferecerá títulos a 10 anos em troca do dinheiro que milhares de correntistas têm bloqueado nos bancos, além de conceder novas linhas de crédito totalizando 1 bilhão de pesos (500 milhões de dólares) para a produção.
"Também negociamos 2 bilhões de dólares com a Corporação Financeira Internacional e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para uma linha de crédito de 250 milhões de dólares", indicou Lenicov.
Outra emissão de bônus totalizando 14 bilhões de pesos (US$ 7 bilhões) será emitido pelo Estado para compensar os bancos pelo desequilíbrio entre o dinheiro emprestado e o que será pago. Os bancos receberão menos dos devedores devido ao fim da paridade peso/dólar.
"Tomaremos uma série de medidas para melhorar o funcionamento da economia, ter solvência fiscal, fortalecer os programas sociais e recuperar as empresas para lançar um novo ciclo", disse o ministro da Economia.
"É impossível pensar em reativação se o sistema financeiro não funciona", afirmou Remes Lenicov, que receberá uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta terça-feira.
O ministro revelou que os impostos "transitórios" sobre as exportações deverão arrecadar cerca de US$ 1,4 bilhão ao ano, mas "não prejudicarão as exportações porque serão de 10% para produtos primários e 5% para manufaturados de origem industrial e agropecuária".
Remes Lenicov também confirmou o imposto de 20% sobre as exportações de petróleo, previsto na Lei de Emergência sancionada pelo Congresso em 6 de janeiro passado, mas admitiu que segue negociando com o setor para vencer as resistências.
O ministro anunciou ainda a intenção do governo de ter "apenas uma moeda em todo o país", com a eliminação de uma dezena de bônus provinciais e de um nacional, todos emitidos nos últimos meses devido a crise de liquidez.
Outra medida será a redução de 21% para 10,7% do imposto sobre a venda final de cereais, com a reativação do poderoso mercado de futuros em dólares para cereais, suspenso desde o fim da paridade.
Com informações da Reuters, France Presse e "Ambito Financieiro"
Argentina emite bônus e aumenta imposto em novo pacote econômico
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O governo argentino aplicará um novo pacote econômico, com a emissão de bônus e o aumento de impostos para equilibrar as contas e financiar os subsídios sociais, revelou nesta segunda-feira o ministro da Economia, Jorge Remes Lenicov.
O pacote traz de volta os impostos sobre exportações de produtos primários (taxa de 10%) e manufaturados (5%), ambos eliminados nos anos 90, mas de forma "transitória e para fortalecer os programas sociais", disse Lenicov.
Pelo novo pacote, a Argentina oferecerá títulos a 10 anos em troca do dinheiro que milhares de correntistas têm bloqueado nos bancos, além de conceder novas linhas de crédito totalizando 1 bilhão de pesos (500 milhões de dólares) para a produção.
"Também negociamos 2 bilhões de dólares com a Corporação Financeira Internacional e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para uma linha de crédito de 250 milhões de dólares", indicou Lenicov.
Outra emissão de bônus totalizando 14 bilhões de pesos (US$ 7 bilhões) será emitido pelo Estado para compensar os bancos pelo desequilíbrio entre o dinheiro emprestado e o que será pago. Os bancos receberão menos dos devedores devido ao fim da paridade peso/dólar.
"Tomaremos uma série de medidas para melhorar o funcionamento da economia, ter solvência fiscal, fortalecer os programas sociais e recuperar as empresas para lançar um novo ciclo", disse o ministro da Economia.
"É impossível pensar em reativação se o sistema financeiro não funciona", afirmou Remes Lenicov, que receberá uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta terça-feira.
O ministro revelou que os impostos "transitórios" sobre as exportações deverão arrecadar cerca de US$ 1,4 bilhão ao ano, mas "não prejudicarão as exportações porque serão de 10% para produtos primários e 5% para manufaturados de origem industrial e agropecuária".
Remes Lenicov também confirmou o imposto de 20% sobre as exportações de petróleo, previsto na Lei de Emergência sancionada pelo Congresso em 6 de janeiro passado, mas admitiu que segue negociando com o setor para vencer as resistências.
O ministro anunciou ainda a intenção do governo de ter "apenas uma moeda em todo o país", com a eliminação de uma dezena de bônus provinciais e de um nacional, todos emitidos nos últimos meses devido a crise de liquidez.
Outra medida será a redução de 21% para 10,7% do imposto sobre a venda final de cereais, com a reativação do poderoso mercado de futuros em dólares para cereais, suspenso desde o fim da paridade.
Com informações da Reuters, France Presse e "Ambito Financieiro"
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