Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
08/03/2002 - 07h59

Mulheres vencem preconceito e ampliam espaço no mercado financeiro

Publicidade

IVONE PORTES
da Folha Online

Em 8 de março de 1857, 129 operárias morreram queimadas em uma fábrica têxtil de Nova York, após ação repressiva da polícia.

Elas reivindicavam a redução da jornada de trabalho e o direito à licença-maternidade. Em homenagem às vítimas, foi instituída a data de 8 de março como o Dia Internacional da Mulher.

Desde então, as mulheres vêm conquistando cada vez mais espaço no mercado de trabalho, com destaque para as últimas décadas. No mundo financeiro, as coisas não são diferentes. Há cerca de 20 anos era raro encontrar uma mulher operando no pregão da Bovespa ou mesmo nas tesourarias dos bancos.

Hoje, elas estão presentes em diversos setores do mercado financeiro. "A conquista feminina no mercado de trabalho nos últimos anos foi uma grande vitória", disse Cristina Dias de Souza, 42, primeira mulher a ocupar o cargo de operadora no pregão da Bovespa, hoje diretora da corretora Dias de Souza, que leva seu nome.

Formada em economia pela FEA (Faculdade de Economia e Administração) da USP e pós-graduada na FGV, Cristina disse que em 1984, quando começou a trabalhar no pregão, chegou a chamar a atenção, por ser novidade, mas não sentiu preconceito por parte de seus colegas de trabalho.

"Sempre achei esse ramo de atividade dinâmico, fascinante. Para mim foi muito natural. Hoje, existem muitas mulheres nos bancos e nas corretoras'', disse. Ela foi também a primeira mulher a ocupar um cargo no Conselho da Ancor (Associação Nacional das Corretoras), quando tinha apenas 26 anos, onde ficou de 1986 a 1989.

Cristina considera que as mulheres são mais detalhistas, intuitivas, cuidadosas e preparadas do que os homens. "As mulheres têm uma visão mais global de tudo e conseguem ver a parte humana."

Para a economista, a busca de muitas mulheres pela igualdade com os homens é válida, desde que não deixem de lado valores e princípios éticos para obter o sucesso. "Podemos ter a mesma capacidade profissional, mas nunca seremos iguais'', afirmou.

Leia mais
  • Mulheres se preparam para assumir metade dos cargos de analista

  • Renata Rizkallah, 1ª em conselho das Bolsas, é destaque em livro

  • Pioneiras do câmbio não se arrependem da escolha

  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página