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14/08/2008 - 17h02

Caixa diz que mudança no FGTS afetaria crédito para a casa própria

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EDUARDO CUCOLO
da Folha Online, em Brasília

A presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Coelho, afirmou hoje que um aumento na remuneração do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) poderia afetar os contratos habitacionais subsidiados com dinheiro do fundo. Ela indicou ser contra essa mudança e disse que não há essa discussão no governo.

Com rentabilidade de TR + 3% ao ano, o rendimento do FGTS vem perdendo da inflação e se distanciando das aplicações em juros.

A Caixa é uma das instituições que têm participação no Conselho Curador do FGTS, órgão que poderia avaliar essa alteração.

Segundo Maria Fernanda, o indexador utilizado para remunerar o FGTS do trabalhador, a TR, é o mesmo utilizado nos contratos habitacionais subsidiados com o dinheiro do fundo.

"Quanto se faz uma discussão sobre a TR é preciso lembrar que esse é o mesmo indexador que remunera os contratos habitacionais", afirmou. "Essa discussão não está na pauta [do conselho]."

A presidente da Caixa disse que o fundo tem uma função social de garantir crédito mais barato para financiamento da casa própria e de projetos de saneamento. Para ela, o aumento recente dos juros não pode ser utilizado como motivo para mexer nessa regra.

O vice-presidente da Caixa Marcos Vasconcelos afirmou que, no passado, o país já passou por momentos de inflação bem mais alta e, nem por isso, as regras do FGTS foram alteradas.

"Não vemos razão para ter uma mudança nesse momento. Você não pode pensar nisso por causa de uma questão momentânea", afirmou.

Recorde

A Caixa informou hoje que registrou lucro de R$ 2,543 bilhões no primeiro semestre de 2008, um resultado 53,5% maior que o obtido no mesmo período do ano passado. O resultado foi influenciado por créditos tributários de R$ 704 milhões.

Segundo o banco estatal, o resultado foi impulsionado pelas operações de crédito, que cresceram 30%, para o valor recorde de R$ 58,1 bilhões.

A carteira da habitação chegou ao valor também recorde de R$ 36,7 bilhões, um aumento de 27%. As contratações no semestre avançaram 34%, para R$ 9,1 bilhões. Somente com recursos do FGTS, foram de R$ 5,4 bilhões. Houve mais R$ 3,5 bilhões com recursos da poupança (+ 34,7%).

No mesmo período, foram efetuados saques do FGTS no valor de R$ 19,8 bilhões por mais de 13,3 milhões de trabalhadores.

PAC

As contratações de saneamento e infra-estrutura cresceram 170%, para R$ 3,1 bilhões. Dessas operações, 193 se referem ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), em um total de R$ 2,6 bilhões.

O valor de contratações de R$ 9,1 bilhões em empréstimos imobiliários também passou a ser considerado neste ano como parte do PAC, apesar de ser um recurso que sempre esteve disponível na Caixa.

 

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