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20/03/2002
-
09h57
LÁSZLÓ VARGA
da Folha de S.Paulo
O número de telefones celulares no Brasil vai mais que dobrar até o final deste ano, chegando a 35 milhões de unidades, contra os 17 milhões do ano passado.
A previsão foi feita ontem por Antônio Carlos Valente, vice-presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Segundo o executivo, grande parte desse crescimento deve ocorrer devido à chegada das novas operadoras TIM (Telecom Italia Móbile) e Oi, que pretendem utilizar o novo sistema GSM de telefonia móvel.
"Não vai haver canibalização dessas novas operadoras sobre os usuários das atuais empresas. O sistema GSM vai agregar mais gente ao mercado de celulares, pois seus preços são muito menores", afirmou Valente, que participou ontem da abertura da 12ª Telexpo - Feira e Congresso Internacional de Redes de Comunicação.
Apesar de a entrada da TIM nas bandas D e E ainda não ter sido aprovada oficialmente pela Anatel, Valente trabalhou ontem basicamente com números que davam a entender como certa a autorização para que a operadora italiana inicie suas novas atividades no país.
"Recebemos vários documentos da TIM para o início de suas atividades. Se tivermos certeza que o interesse público irá se sobrepor aos privados, a autorização para que ela inicie suas novas atividades será dada."
Privilégio
A Folha apurou que a TIM deve iniciar suas operações já no próximo mês. A empresa, que está gastando cerca de R$ 6 milhões em publicidade, ainda não recebeu o aval da Anatel para atuar nas bandas D e E.
A autorização da Anatel dará à empresa o privilégio de cobrir todas as regiões do país. Isso acontecerá porque o grupo italiano participa da operadora de telefonia fixa Brasil Telecom, que não antecipou suas metas de atendimento do ano que vem para este ano, como prevê a legislação da Anatel para liberar a entrada de uma operadora já existente nas bandas D e E neste ano.
A Folha também apurou que a TIM deve iniciar suas operações antes da Oi, operadora de GSM da Telemar, que já antecipou suas metas.
"O processo de liberação da Oi está em andamento e deve levar até 90 dias. Já a situação da TIM é excepcional e não precisa cumprir os prazos de regimento ao receber a autorização para operar", declarou Valente.
O diretor-presidente da TIM, Draja Mihajlovic, declarou em palestra que já tem acordos de compartilhamento de redes com a Telemar e a BCP, entre outras empresas, o que facilita o início de suas operações.
Substituição
Para Valente, a chegada de novos concorrentes em telefonia móvel vai acelerar a tendência, já existente, de substituição do telefone fixo pelo celular.
Ele lembrou que, em 1994, existia no Brasil 1 telefone celular para cada 15 telefones fixos. No ano passado, a relação já tinha caído para 1 celular por 1,3 fixo.
A tendência de substituição das linhas fixas pelos celulares é tão forte que a Brasil Telecom já prepara estratégias que permitam também evitar prejuízos contra a perda de clientes.
Roberto Osaki, diretor de planejamento da operadora de telefonia fixa, afirmou que em breve sua empresa vai lançar o telefone fixo pré-pago. "Assim, vamos atender as classes com menor poder aquisitivo."
Atualmente, cerca de 70% da receita das operadoras de celulares no país vem dos aparelhos pré-pagos.
Anatel prevê o dobro de celulares neste ano
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da Folha de S.Paulo
O número de telefones celulares no Brasil vai mais que dobrar até o final deste ano, chegando a 35 milhões de unidades, contra os 17 milhões do ano passado.
A previsão foi feita ontem por Antônio Carlos Valente, vice-presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Segundo o executivo, grande parte desse crescimento deve ocorrer devido à chegada das novas operadoras TIM (Telecom Italia Móbile) e Oi, que pretendem utilizar o novo sistema GSM de telefonia móvel.
"Não vai haver canibalização dessas novas operadoras sobre os usuários das atuais empresas. O sistema GSM vai agregar mais gente ao mercado de celulares, pois seus preços são muito menores", afirmou Valente, que participou ontem da abertura da 12ª Telexpo - Feira e Congresso Internacional de Redes de Comunicação.
Apesar de a entrada da TIM nas bandas D e E ainda não ter sido aprovada oficialmente pela Anatel, Valente trabalhou ontem basicamente com números que davam a entender como certa a autorização para que a operadora italiana inicie suas novas atividades no país.
"Recebemos vários documentos da TIM para o início de suas atividades. Se tivermos certeza que o interesse público irá se sobrepor aos privados, a autorização para que ela inicie suas novas atividades será dada."
Privilégio
A Folha apurou que a TIM deve iniciar suas operações já no próximo mês. A empresa, que está gastando cerca de R$ 6 milhões em publicidade, ainda não recebeu o aval da Anatel para atuar nas bandas D e E.
A autorização da Anatel dará à empresa o privilégio de cobrir todas as regiões do país. Isso acontecerá porque o grupo italiano participa da operadora de telefonia fixa Brasil Telecom, que não antecipou suas metas de atendimento do ano que vem para este ano, como prevê a legislação da Anatel para liberar a entrada de uma operadora já existente nas bandas D e E neste ano.
A Folha também apurou que a TIM deve iniciar suas operações antes da Oi, operadora de GSM da Telemar, que já antecipou suas metas.
"O processo de liberação da Oi está em andamento e deve levar até 90 dias. Já a situação da TIM é excepcional e não precisa cumprir os prazos de regimento ao receber a autorização para operar", declarou Valente.
O diretor-presidente da TIM, Draja Mihajlovic, declarou em palestra que já tem acordos de compartilhamento de redes com a Telemar e a BCP, entre outras empresas, o que facilita o início de suas operações.
Substituição
Para Valente, a chegada de novos concorrentes em telefonia móvel vai acelerar a tendência, já existente, de substituição do telefone fixo pelo celular.
Ele lembrou que, em 1994, existia no Brasil 1 telefone celular para cada 15 telefones fixos. No ano passado, a relação já tinha caído para 1 celular por 1,3 fixo.
A tendência de substituição das linhas fixas pelos celulares é tão forte que a Brasil Telecom já prepara estratégias que permitam também evitar prejuízos contra a perda de clientes.
Roberto Osaki, diretor de planejamento da operadora de telefonia fixa, afirmou que em breve sua empresa vai lançar o telefone fixo pré-pago. "Assim, vamos atender as classes com menor poder aquisitivo."
Atualmente, cerca de 70% da receita das operadoras de celulares no país vem dos aparelhos pré-pagos.
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