Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
04/04/2002 - 21h32

Atentados nos EUA e P-36 fazem lucro do IRB subir 282,3%

Publicidade

da Folha Online
da Reuters

O aumento do valor dos seguros dos setores aéreo e de petróleo, depois dos atentados de 11 de setembro e do afundamento da plataforma P-36 da Petrobras, levaram a um crescimento de 282,3% no lucro do IRB Brasil Re em 2001.

O lucro do IRB no ano passado atingiu 170,43 milhões de reais, contra os 44,57 milhões de reais do ano anterior. O IRB é uma resseguradora, empresa que compartilha os riscos assumidos pelas seguradoras.

A redução de pagamento de indenizações, de 88,2% em 2000 para 68,8 por cento em 2001, também ajudou no desempenho do instituto, que está na fila da lista de privatizações do governo brasileiro para este ano.

Avaliado em cerca de R$ 500 milhões em 2000, o IRB depende de aprovação do Congresso para ser vendido, já que existe um questionamento sobre a transferência das responsabilidades regulatórias do órgão para a Superintendência de Seguros Privados (Susep).

``O número de ocorrências praticamente se manteve entre 2000 e 2001, mas como o preço do seguro subiu e o pagamento de sinistralidade (indenizações) diminuiu, o lucro foi espetacular'', disse à Reuters o diretor financeiro do IRB, José Eduardo Batista.

Para este ano, porém, a expectativa em relação aos preços dos prêmios é de que se mantenham praticamente estáveis. A exceção é o setor de responsabilidade profissional, que foi elevado por causa dos problemas ocorridos com a empresa contábil Andersen no caso Enron, maior falência da história norte-americana.

``Isso desencadeou aumento, mas é um ramo de pequeno impacto, cerca de cinco por cento da indústria'', informou Batista.

A expectativa, porém, é que o aumento de preços de 2001 no setor aéreo tenha um efeito ainda maior em 2002 no balanço do IRB.

``O aumento no ano passado pegou apenas três meses, este ano vai contabilizar o ano cheio'', ressaltou.

A performance será tão boa que o IRB deve atingir ``o sonho de toda a seguradora'', segundo Batista, que é atingir um índice combinado --que mede a relação entre os gastos e os ganhos das seguradoras-- menor do que um ponto.

Em 2001, o IRB conseguiu registrar uma relação entre gastos com sinistros, corretoras e impostos frente aos ganhos com os prêmios de 1,01 ponto, ante 1,19 obtido em 2000.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página