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08/09/2000 - 04h26

Populismo é risco em 2002, diz diretor da Goldman Sachs

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da Folha de S.Paulo

O maior risco doméstico para a economia brasileira nos próximos dois anos é a eleição presidencial de novembro de 2002.

É isso o que informa um relatório assinado por Paulo Leme, diretor-gerente do banco de investimentos Goldman Sachs, distribuído ontem a 300 investidores presentes a seminário sobre a América Latina em Nova York.

O relatório estima que o presidente FHC terá dificuldades para escolher políticos populares para sucedê-lo, prevê pressões políticas para aumentar gastos públicos e, consequentemente, inflação crescente. Esse cenário, segundo Leme, colocaria novamente a balança comercial em déficit.

A análise de Leme é exposta em tópicos formados por frases. "Principal risco doméstico: política", diz o primeiro desses tópicos. Os outros são: "Eleições presidenciais em outubro-novembro de 2002"; "Coalizão do governo não tem candidato popular/forte"; "Pressões políticas por medidas menos restritivas para promover o crescimento"; "Um relaxamento pode detonar uma explosão do consumo em 2001, elevando taxas de inflação e mudando a balança comercial para um déficit".

Leme diz ainda que o preço do petróleo só começa a cair em meados de 2001 e que o Brasil é o único país com economia relevante na América Latina a sofrer com os aumentos.

O documento indica que, por causa do aumento do preço de petróleo, o saldo das exportações e importações brasileiras do produto em 2000 ficará negativo em US$ 1,6 bilhão.

A previsão difere da feita pelo presidente do BC, Armínio Fraga. Na quarta, Fraga declarou que a alta do petróleo é transitória e não é o "fim do mundo".

O relatório de Leme prevê, para o ano 2000, um crescimento de 3,6% do PIB. O governo brasileiro prevê um crescimento de 4%. Para 2001, Leme prevê uma expansão de 4%.
(MARCIO AITH)

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