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15/04/2002 - 21h56

Venezuela continua na Opep, diz Chávez

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da France Presse, em Caracas

A Venezuela "é e continuará sendo" membro da Opep (Organização de Países Exportadores de Petróleo) e não prevê mudar sua política de cotas petrolíferas, garantiu hoje o presidente Hugo Chávez.

A Venezuela é o quarto produtor mundial de petróleo, com 2,43 milhões de barris diários. É também o terceiro fornecedor de petróleo dos Estados Unidos, para quem vende 70% de sua produção.

"A Venezuela é e continuará parte da OPEP, eu presido o Conselho Presidencial da Opep e a política [atual] é correta. As cotas de exportação de petróleo permanecerão como tal", disse Chávez em entrevista.

Na sexta-feira, quando Chávez foi derrubado por um breve golpe de 48 horas, especialistas temeram que com a queda do presidente Caracas se visse tentada a sair da Opep e produzir petróleo fora do controle do cartel mundial. A comercialização externa do óleo representa 80% da entrada de divisas para o país.

"Se liberássemos a produção de petróleo aqui, sairíamos da OPEP e retomaríamos a política anterior de aumentar a 6 milhões de barris diários", e essa seria uma medida equivocada, disse Chávez.

Supondo que a Venezuela "chegue a produzir 4 milhões de barris diários, para dispor no mercado toda a nossa capacidade, isso levaria a que os árabes fizessem imediatamente o mesmo, e a Rússia idem".

"As comportas seriam abertas, o mercado ficaria saturado, e, na guerra de preços, o barril do petróleo poderia chegar a custar 5 dólares", advertiu Chávez.

"Hoje o barril de petróleo custa US$ 20, na média vai a US$ 18. Esse é um assunto de interesse nacional, não é capricho de Chávez, e deve ser entendido assim".

As cotas da Opep são regidas pela faixa de preços entre US$ 22 e US$ 28 e a produção aumenta ou diminui se se sair por mais de 20 dias desse esquema.

A Opep foi criada em 14 de setembro de 1960 em Bagdá, Iraque, por cinco membros fundadores: Irã, Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, e Venezuela. Nos anos 70, perdeu parte de seu prestígio quando realizou seu último embargo coletivo por razões políticas.

Nos anos 80 o cartel constantemente deixou de cumprir suas cotas, a começar pela própria Venezuela.
 

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