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20/04/2002
-
07h58
da Folha de S.Paulo, no Rio
O acirramento da crise entre a Anatel e o BC provoca preocupação nas teles. Há receio de que as críticas feitas à Anatel pela BCP se voltem contra o setor.
O presidente da Intelig, José Carlos Cunha, divulgou ontem nota de apoio à Anatel afirmando que a existência de um órgão regulador forte e independente é a garantia de que os interesses de consumidores e mercado estarão acima de interesses individuais. Intelig e Telemar criticaram as previsões de colapso no sistema de telefonia contidas no documento da BCP que desencadeou a crise entre Anatel e BC.
Para o presidente da Telemar, José Fernandes Pauletti, não existe risco de colapso da telefonia nem mesmo a longo prazo.
"Se as empresas parassem de investir agora, poderíamos ter problemas de oferta de telefone em dez anos. A capacidade instalada atual é muito maior do que a demanda, em todos os segmentos de telecomunicações. A única coisa que falta hoje em telecomunicações é cliente", afirmou.
José Carlos Cunha disse que a redução dos investimentos é um fenômeno mundial, que se reflete no Brasil. Ele disse que a Intelig investiu fortemente nos últimos dois anos e que agora está entrando numa fase de consolidação. Ele afirmou que a empresa, após 24 meses de operação, conseguiu fechar o primeiro trimestre deste ano com caixa positivo. A Intelig faturou R$ 910 milhões no ano passado e espera faturar R$ 1,5 bilhão neste ano.
A Acel (Associação Nacional dos Prestadores de Serviço Móvel Celular), que representa as empresas de telefonia celular, também divulgou nota pedindo serenidade às partes envolvidas na discussão.
Entre os diretores da Acel está o pivô da crise: o diretor da BCP, Arnaldo Tibyriçá, que fez chegar ao governo o documento contra a atuação da Anatel, usando seu primo e diretor do BC, Luiz Fernando Figueiredo, como intermediário. A revelação do parentesco entre os dois, no entender de executivos ligados à Acel, pode caraterizar tráfico de influência e desqualificar algumas reivindicações de mudanças no modelo atual de telecomunicações. Essas mudanças são consideradas necessárias pela maioria das empresas.
A nota, segundo a direção da Acel, foi aprovada por todos os associados, inclusive pela BCP. A empresa, no entanto, colocou em site na internet a íntegra do documento que enviou ao Banco Central, mantendo a polêmica.
Empresas negam colapso do setor e divulgam nota dando apoio à Anatel
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O acirramento da crise entre a Anatel e o BC provoca preocupação nas teles. Há receio de que as críticas feitas à Anatel pela BCP se voltem contra o setor.
O presidente da Intelig, José Carlos Cunha, divulgou ontem nota de apoio à Anatel afirmando que a existência de um órgão regulador forte e independente é a garantia de que os interesses de consumidores e mercado estarão acima de interesses individuais. Intelig e Telemar criticaram as previsões de colapso no sistema de telefonia contidas no documento da BCP que desencadeou a crise entre Anatel e BC.
Para o presidente da Telemar, José Fernandes Pauletti, não existe risco de colapso da telefonia nem mesmo a longo prazo.
"Se as empresas parassem de investir agora, poderíamos ter problemas de oferta de telefone em dez anos. A capacidade instalada atual é muito maior do que a demanda, em todos os segmentos de telecomunicações. A única coisa que falta hoje em telecomunicações é cliente", afirmou.
José Carlos Cunha disse que a redução dos investimentos é um fenômeno mundial, que se reflete no Brasil. Ele disse que a Intelig investiu fortemente nos últimos dois anos e que agora está entrando numa fase de consolidação. Ele afirmou que a empresa, após 24 meses de operação, conseguiu fechar o primeiro trimestre deste ano com caixa positivo. A Intelig faturou R$ 910 milhões no ano passado e espera faturar R$ 1,5 bilhão neste ano.
A Acel (Associação Nacional dos Prestadores de Serviço Móvel Celular), que representa as empresas de telefonia celular, também divulgou nota pedindo serenidade às partes envolvidas na discussão.
Entre os diretores da Acel está o pivô da crise: o diretor da BCP, Arnaldo Tibyriçá, que fez chegar ao governo o documento contra a atuação da Anatel, usando seu primo e diretor do BC, Luiz Fernando Figueiredo, como intermediário. A revelação do parentesco entre os dois, no entender de executivos ligados à Acel, pode caraterizar tráfico de influência e desqualificar algumas reivindicações de mudanças no modelo atual de telecomunicações. Essas mudanças são consideradas necessárias pela maioria das empresas.
A nota, segundo a direção da Acel, foi aprovada por todos os associados, inclusive pela BCP. A empresa, no entanto, colocou em site na internet a íntegra do documento que enviou ao Banco Central, mantendo a polêmica.
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