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21/04/2002
-
10h16
da Folha de S.Paulo, em Buenos Aires
A decretação de mais um feriado bancário e cambial, que não tem prazo para acabar, fará com que os argentinos tenham de gastar as economias guardadas embaixo do colchão para sobreviver.
Manter recursos à margem do sistema financeiro, prática que já era comum no país, ganhou fôlego após a imposição do curralzinho no ano passado. Consultorias privadas estimam que os argentinos tenham cerca de US$ 25 bilhões, em espécie, guardados em casa ou em cofres nos bancos.
É comum que os argentinos retirem todo seu salário no dia do pagamento e guardem o dinheiro em casa. A utilização de cheques e cartões bancários apenas cresceu um pouco neste ano por ser a única forma de ter acesso a recursos que ficaram bloqueados nas contas bancárias com o curralzinho. O ex-ministro da Economia, Domingo Cavallo, costumava citar o Brasil como exemplo a ser seguido no que diz respeito à utilização de cheques e cartões bancários. Mas o curralzinho, criado por ele, apenas aumentou a ojeriza aos bancos.
Argentino põe as economias sob o colchão
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A decretação de mais um feriado bancário e cambial, que não tem prazo para acabar, fará com que os argentinos tenham de gastar as economias guardadas embaixo do colchão para sobreviver.
Manter recursos à margem do sistema financeiro, prática que já era comum no país, ganhou fôlego após a imposição do curralzinho no ano passado. Consultorias privadas estimam que os argentinos tenham cerca de US$ 25 bilhões, em espécie, guardados em casa ou em cofres nos bancos.
É comum que os argentinos retirem todo seu salário no dia do pagamento e guardem o dinheiro em casa. A utilização de cheques e cartões bancários apenas cresceu um pouco neste ano por ser a única forma de ter acesso a recursos que ficaram bloqueados nas contas bancárias com o curralzinho. O ex-ministro da Economia, Domingo Cavallo, costumava citar o Brasil como exemplo a ser seguido no que diz respeito à utilização de cheques e cartões bancários. Mas o curralzinho, criado por ele, apenas aumentou a ojeriza aos bancos.
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