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25/04/2002 - 11h04

Aposentadoria é paga até na igreja na Argentina

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MICHEL BLANCO
da Folha Online

A igreja é o último lugar seguro descoberto pelos bancos na Argentina para driblar os agentes de Justiça.

Aposentados formam fila para receber o benefício na igreja La Redonda, no bairro de Belgrano, em Buenos Aires, segundo informa a versão eletrônica do diário "Ámbito Financiero''.

A aposentadoria será paga na igreja porque a agência bancária da região não quer abrir suas portas para evitar que agentes de Justiça tentem levar os depósitos do 'corralito''com liminares judiciais.

O governo voltou ontem a pagar as aposentadorias. Para evitar a ação de oficiais da Justiça nas agências bancárias, o governo recorreu a locais não convencionais para efetivar o pagamento dos benefícios. O Banco de la Nación teve de habilitar ginásios, clubes e até uma padaria para atender aos aposentados.

Houve muita confusão e um idoso morreu nas filas, outro desmaiou. Para transportar dinheiro os bancos também usaram "disfarces'', como as peruas dos Correios, para evitar liberações do bloqueio de aposentadorias e contas correntes.

Hoje o governo segue o mesmo esquema para o pagamento das aposentadorias. Enquanto isso, os bancos prometem abastecer os caixas eletrônicos para aliviar a falta de dinheiro nas ruas, atendendo principalmente os postos nos locais de maior circulação. As retiradas estão limitadas a 200 pesos por semana por cliente.

Os bancos reabrirão amanhã em regime parcial de funcionamento. Apenas as operações que não envolvam dinheiro em espécie poderão ser realizadas, como transferências e pagamentos com cheques e cartões, por exemplo. Somente com a promulgação da chamada "Lei Tampão'' a abertura dos bancos será mais ampla.

As agências bancárias reabrirão suas portas após a aprovação da lei nesta madrugada na Câmara. O texto já havia sido sancionado ontem pelo Senado.

A "Lei Tampão'' determina que os recursos presos nos bancos pelo 'corralito'' só poderão ser liberados por decisões de última instância da Justiça -e não como vinha ocorrendo, com decisões liminares possibilitando a retirada de fundos dos bancos.

O limite às operações visa impedir que oficiais da Justiça consigam confiscar o dinheiro retido nas contas e aposentadorias de pessoas beneficiadas com liminares.

Leia mais no especial sobre Argentina
 

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